Londres, 16 – As exportações de café caíram 1,9% no primeiro mês do novo ano cafeeiro (outubro), para 9,1 milhões de sacas de 60 kg, ante o volume vendido no exterior no mesmo mês do ano passado, segundo o relatório mensal de novembro divulgado nesta sexta-feira, 16, pela Organização Internacional do Café (OIC), que tem sede na capital britânica. A entidade explicou que, no período, os embarques do café do tipo arábica subiram 4,7%, mas os do tipo robusta ficaram 12,9% menores, mesmo com o aumento do volume estimado das entregas do Vietnã. “A disponibilidade do robusta do Brasil caiu para níveis insignificantes, pois a queda de produção até este ponto do ano gerou muita escassez no mercado interno”, trouxe o relatório. O desempenho das exportações do Peru se manteve forte nos últimos meses, de acordo com a OIC e, nos sete primeiros meses do ano-safra (abril a outubro), as exportações peruanas aumentaram 31,2% em relação a 2015/16, alcançando quase 2,5 milhões de sacas. Estes novos dados, segundo a organização, sugerem que a produção do país melhorou “consideravelmente” este ano. A Colômbia, segundo maior produtor de arábica, atrás apenas de Brasil, também começou o ano cafeeiro de forma positiva, conforme a entidade. A produção do país nos dois primeiros meses do ano (outubro e novembro) foi de um pouco mais de 3 milhões de sacas, o maior volume que o país produziu no bimestre desde 1998. Isso também significa que a produção total da Colômbia nos 12 últimos meses alcançou 14,4 milhões de sacas, em contraste com 13,8 milhões no período anterior. No entanto, a OIC considerou que o potencial de grandes chuvas, e a hipótese de o fenômeno La Niña se desenvolver no início de 2017, poderá afetar a safra do país.