Será apenas o desgaste de ter sido convocado pelo Congresso Nacional para dar explicações sobre a offshore em paraíso fiscal. O ministro da Economia, Paulo Guedes, deve passar incólume blindado pela base governista, sem punições e, claro, vai se manter no cargo como o ‘Posto Ipiranga’ do presidente Jair Bolsonaro.

O episódio tem precedente na política. Em 2017, foi revelada offshore do então ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no Caribe. Também não deu em nada e, um ano depois, Meirelles se candidatou à Presidência.

É o jeito político de Brasília de fechar os olhos para assuntos inconvenientes cujas eventuais punições e processos possam respingar em tantos outros.

O ministro do STF Dias Toffoli já engavetou pedidos de investigação contra Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Será o mesmo destino dos pedidos de apuração apresentados pela oposição à Comissão de Ética Pública da Presidência da República, colegiado que, tradicionalmente, faz vista grossa para denúncias contra integrantes do Governo.