OEA condena visita à Nicarágua de iraniano procurado por atentado na Argentina

(Arquivo) Homem rende homenagem no 26º aniversário do atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), que matou 85 pessoas em Buenos Aires em 1994, em 18 de julho de 2020 - AFP
Mais da metade dos países-membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) apoiou nesta quarta-feira (19) uma declaração argentina que condena a presença na Nicarágua, a convite do presidente Daniel Ortega, de um iraniano procurado pelo atentado contra um centro judaico em Buenos Aires em 1994.
O iraniano Mohsen Rezai é alvo de uma notificação vermelha emitida em 2007 pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) por seu suposto papel no atentado de 18 de julho de 1994 contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em Buenos Aires, no qual morreram 85 pessoas.
A presença de Rezai em 10 de janeiro em Manágua, cidade à qual viajou para comparecer à posse de Daniel Ortega, “causou alarme” à Argentina e a 18 dos 34 membros ativos da organização que apoiaram o texto lido durante o Conselho Permanente da OEA, o órgão executivo da organização.
Os países apoiadores pedem que “se faça justiça sobre o atentado à Amia e condenem a visita de Rezai à Nicarágua, e a nosso hemisfério, como uma afronta à Justiça argentina e às vítimas do atentado”, segundo a declaração lida pela representante alternativa da missão argentina, María Cecilia Villagra.
No texto, pede-se “às autoridades nicaraguenses, a todos os membros do sistema interamericano e a todos os membros da Interpol que atuem de maneira apropriada em relação às notificações vermelhas”, em virtude das quais as forças de segurança de todo o mundo devem localizar e deter provisionalmente um indivíduo pendente de extradição ou entrega.
Rezai enfrenta acusações na Argentina “por homicídio duplamente agravado cometido por motivos de ódio racial ou religioso e por colocar em risco a população”, diz a declaração.
A Nicarágua, por sua vez, não hesitou a responder e desafiar a resolução aprovada no Conselho Permanente da organização.
“O direito à soberania e à autodeterminação dos povos nos permite convidar à nossa casa as pessoas que nós consideremos convenientes”, afirmou o embaixador permanente do país centro-americano na OEA, Arturo Mcfields Yescas.
A declaração argentina contou com o apoio de Antígua e Barbuda, Barbados, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Granada, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.
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