09/08/2022 - 19:00
Você provavelmente se tornou amiga de seus amigos por motivos como personalidade, interesses em comum e proximidade no dia a dia. No entanto, uma nova pesquisa apontou um fator curioso pelo qual as pessoas fazem amizades: o odor corporal.
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Mais especificamente, o que pode levar uma pessoa a tornar-se amiga de outra é a similaridade entre odores corporais de ambas. Entenda mais com informações da “Slice”.
Pesquisa: odor corporal pode ser a chave para fazer amizades
É normal que, quando um odor desagradável atinge seu nariz, você se afaste dele. Nesse sentido, o oposto também é válido: gostamos de sentir odores agradáveis, e isso pode ser um ímã para atrair amizades.
Conduzido pela pesquisadora de olfato do Instituto de Ciências Weizmann, em Israel, Inbal Ravreby, o estudo analisou 20 pares de amizades não-românticas do mesmo sexo. O resultado? Pessoas que tinham uma amizade que pareceu ser instantânea também tinham odores corporais similares.
Como parte da investigação, os pares com amizades instantâneas pararam de comer alimentos que afetam o odor corporal (como cebola e alho), tomaram banho com sabonete sem perfume e abstiveram-se do uso de produtos como desodorante e loção pós-barba. Em seguida, dormiram com camisetas limpas que absorviam seus odores corporais.
Os pesquisadores, então, utilizaram um tipo de equipamento de detecção química que chamaram de “nariz eletrônico” e convocaram uma equipe de voluntários para avaliar as semelhanças entre os odores.
O resultado
A pesquisa, então, constatou que os pares de amigos tinham cheiros mais similares entre si do que os das outras pessoas. A teoria é que isso pode, inclusive, ser um fator contribuinte para a “amizade instantânea” — sem que eles soubessem no momento, é claro.
Em entrevista, Inbal declarou: “Acho que é um lembrete para nós, humanos, apreciarmos o quanto somos semelhantes a outros mamíferos. Inspirar-se em outros animais e nos mecanismos incríveis que eles têm pode realmente nos ajudar a entender o que causa o vínculo social e o que não.”