(Reuters) – A taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes adultos com Covid-19 está no melhor cenário desde que foi iniciado o monitoramento do indicador pela Fiocruz, segundo o boletim do observatório Covid, que apontou que já são 12 semanas seguidas com queda de casos e óbitos pela doença no Brasil.

O levantamento mostrou que a única capital brasileira com taxa acima de 80% é o Rio de Janeiro.

De acordo com o boletim há uma redução de 3,8% ao dia nos óbitos por Covid e o total de casos também apresenta tendência de diminuição que demonstra ser sustentada. O avanço da vacinação foi apontada pelo estudo como responsável pela desaceleração de casos e óbitos.

O estudo indica ainda que os idosos voltarem a ser maioria entre mortos e casos graves da doença.

EFETIVIDADE

Outro estudo da Fiocruz, sobre a efetividade da vacinação no Brasil, apontou que a vacinação no país ajudou a prevenir casos graves e óbitos por Covid-19, mas a efetividade varia de acordo com a faixa etária analisada.

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A análise foi realizada entre 17 de janeiro e 19 de julho de 2021, um total de seis meses, em que houve predominância da variante Gamma.

A prevenção de casos graves e óbitos ficou ente 80% e 90% para os adultos com ciclo vacinal completo que tomaram o imunizante AstraZeneca; para os que tomaram as duas doses de Coronavac os percentuais ficaram entra 70% e 90%. Já A efetividade da vacina da Pfizer é de 80% a 90% para quem tomou primeira dose.

“Os resultados indicam uma diminuição da efetividade com o avanço da idade, o que reforça estudos anteriores que analisaram a efetividade dos imunizantes da AstraZeneca e Conoravac”, disse a Fiocruz.

Segundo a Fiocruz, o estudo atual mostrou que a efetividade com a CoronaVac na prevenção de casos graves entre indivíduos com mais de 80 anos foi de 29,6%, bem abaixo do estimado para os idosos de 60 a 79 anos, de 60,4%.

As estimativas de efetividade na prevenção de mortes, segundo o estudo, foram mais altas entre as pessoas entre 20 e 39 anos vacinadas com o imunizante AstraZeneca, com 97,9%. Esse índice também é alto entre os indivíduos de 40 a 59 anos vacinados com a CoronaVac, atingindo de 82,7%.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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