O Irã comutou a sentença de um octogenário iraniano-americano doente, mas o proíbe de deixar o país, disse seu filho nesta segunda-feira(22), e pediu ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que faça de seu caso uma prioridade.

Baquer Namazi, um ex-funcionário do Unicef de 84 anos, foi preso em fevereiro de 2016, quando visitou o Irã após a prisão em Teerã de seu filho, o empresário Siamak Namazi. Ambos foram condenados por “espionagem” em benefício dos Estados Unidos.

Babak, irmão de Siamak, disse que a justiça iraniana reduziu a sentença de seu pai há um ano para o tempo que ele já havia passado na prisão, devido a seus problemas de saúde.

“Como você pode imaginar, ficamos muito felizes que o pesadelo finalmente acabou para meu pai e que ele foi capaz de deixar o Irã para tratamento e procedimentos médicos muito necessários”, disse Babak Namazi em uma entrevista coletiva online.

Namazi esclareceu que, apesar de seus problemas de saúde, seu pai começou uma busca desesperada por um novo passaporte para viajar, mas a poderosa Guarda Revolucionária o colocou na lista de pessoas que não podem deixar o Irã.

“É absolutamente escandaloso que o Irã continue jogando com a vida do meu pai”, disse ele.

“Minha família espera que o presidente Biden e seu governo não façam concessões ou acordos com o Irã que não incluam – e não façam como pré-condição – a libertação de meu pai e de Samak, acrescentou. Segundo o advogado da família, Baquer Namazi tem uma artéria cerebral bloqueada em 80% e corre o risco de sofrer um colapso.

O governo Biden anunciou recentemente que aceitou um convite da União Europeia para dialogar com Teerã para reativar o acordo internacional sobre os planos nucleares do Irã.

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse no domingo que a libertação dos americanos detidos no Irã seria uma “prioridade máxima”.