A OCDE se mostrou nesta quarta-feira menos pessimista em relação à recessão no Brasil e previu uma queda do PIB de 3,3% em 2016, contra a previsão anterior de -4,3%, anunciada em junho, ao mesmo tempo em que, em nível mundial, reduziu levemente as previsões de crescimento.

Para 2017, a OCDE prevê para o Brasil um Produto Interno Bruto (PIB) ainda negativo, de -0,3%, um resultado bem mais otimista que a previsão de junho (-1,7%).

A nível mundial, o PIB crescerá 2,9% em 2016, 0,1% a menos que nas previsões de junho, anunciou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos, que considera que a economia “permanece atrelada a um crescimento frágil”.

Para 2017 o cenário é similar e a organização com sede em Paris prevê agora um crescimento de 3,2%, 0,1% a menos que em junho.

“A forte redução do comércio mundial ressalta as preocupações sobre a solidez da economia e as dificuldades para sair desta armadilha do crescimento frágil”, afirmou a economista chefe da OCDE, Catherine L. Mann.

Na maioria das economias desenvolvidas o crescimento continuará sendo frágil.

Este é o caso dos Estados Unidos, onde a OCDE prevê um crescimento de 1,4% este ano e de 2,1% em 2017. Na Eurozona o avanço será de 1,5% em 2016 e 1,4% em 2017.

Na China, cuja desaceleração econômica pode ter consequências a nível global, a organização mantém as previsões de junho (6,5% em 2016 e de 6,2% em 2017).

Para enfrentar o crescimento fraco, a OCDE voltou a pedir aos governos que aproveitem as taxas de juros reduzidas para aumentar o gasto público.

“As baixas taxas de juros oferecem aos governos mais espaço fiscal para investir em capital humano e infraestruturas”, indica a organização.