Políticas fiscais ativas, suportadas por um quadro de sustentabilidade fiscal, serão essenciais para lidar com as lacunas de desenvolvimento em países da América Latina e reduzir as desigualdades na região, diante da recuperação da crise do coronavírus, afirma a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em relatório publicado nesta quinta-feira, 22.

Para tornar o cenário fiscal mais sustentável em nações latino-americanas, a OCDE argumenta que será necessário um melhor controle de gastos, em especial após as medidas de apoio à economia adotadas na pandemia, além de um sistema tributário progressivo, ferramenta que também deve ajudar a reduzir as desigualdades locais.

A entidade multilateral comenta que o suporte dado durante a crise sanitária e econômica provocou uma redução abrupta na arrecadação de governos no primeiro semestre de 2020, e que mostrou alguns sinais de recuperação na segunda metade do ano, à medida que os países atenuaram restrições para conter a pandemia e os contribuintes liquidaram passivos que haviam sido adiados.

Segundo a OCDE, o impacto da crise da covid-19 na dívida pública de nações latino-americanas exige um esforço internacional para ajudar a região a gerir seus gastos. “Se as condições de liquidez mudarem no contexto de um espaço fiscal limitado, isso pode afetar a sustentabilidade da dívida em algumas economias emergentes”, afirma o documento da entidade.


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