A Justiça de São Paulo liberou a retomada das obras de construção da Ponte Pirituba-Lapa, que estavam suspensas por determinação judicial desde abril de 2020. A decisão foi tomada nessa quinta-feira, 17, e atendeu a recurso apresentado pela Prefeitura. Segundo a administração municipal, os trabalhos no local serão retomados assim que o acórdão for publicado.

A construção irá ligar os bairros da Lapa e de Pirituba por cima do Rio Tietê. De acordo com o município, a ponte é uma reivindicação antiga dos moradores e deverá ser utilizada por 115 mil pessoas diariamente.

Assim que a obra for concluída – ainda não há prazo estimado -, diversas linhas de ônibus deverão ser remanejadas. Estudos de tráfego realizados pela Prefeitura de São Paulo mostram que as mudanças poderão reduzir em até 36 minutos por dia a ligação entre os terminais de Pirituba e da Lapa. Quem utilizar táxis, veículos próprios ou por aplicativos, por sua vez, deverão ter um ganho diário de 15 minutos.

As obras na ponte haviam sido suspensas em 9 de abril de 2020, após a Justiça paulista acatar liminarmente um pedido da Promotoria de Habitação e Urbanismo. À época, o órgão requereu a anulação da licença ambiental alegando que a avaliação sobre os acessos diretos à Marginal Tietê haviam sido feitos posteriormente, sem o devido estudo de impacto ambiental.

De acordo com a Prefeitura, desde que as obras foram suspensas foram gastos cerca de R$ 3,5 milhões com serviços de manutenção e segurança nos canteiros desativados. À época, 14% dos trabalhos previstos haviam sido concluídos. A Ponte Lapa-Pirituba tem contrato orçado em R$ 209,5 milhões, dos quais R$ 34 milhões já foram consumidos.

O projeto prevê a implantação de uma ponte com 900 metros de extensão. Ela tem início na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, na altura do condomínio Projeto Bandeirante, e segue pela Vila Anastácio até a Rua Campos Vergueiro. A pista terá mão dupla, além de ciclovia e faixa exclusiva para ônibus.