FLORENÇA, 28 NOV (ANSA) – O retábulo “La Madonna del Baldacchino”, do célebre pintor renascentista Rafael Sanzio (1483-1520), voltou para o Palácio Pitti, em Florença, após percorrer outras localidades por mais de um ano. A partir de agora, está novamente em exposição na Galeria Palatina, onde pode ser apreciada na Sala de Saturno ao lado de outras obras do artista.   

A pintura esteve durante um ano na Catedral de Pescia, na Toscana, lugar que a recebeu por 150 anos entre os séculos 16 e 17. Na capital florentina, o retábulo também passou pelo Museu Opificio delle Pietre Dure para análises.   

A “Madonna del Baldacchino” (1506-1508) é um óleo sobre tela que pertence à época em que Rafael viveu em Florença, estando em exposição na Galeria Palatina desde 1828. Está entre as principais obras do Palácio Pitti, juntamente com outras pinturas de Rafael, como a “Madonna della Seggiola”, a “Madonna del Granduca” e a “Visão de Ezequiel”, preservadas no mesmo ambiente, que é considerado o tesouro das obras do gênio de Urbino.   

Graças ao depoimento de outro pintor do mesmo período, Giorgio Vasari (1511-1574), soube-se que Rafael recebeu a encomenda do retébulo da família Dei, proprietária de uma capela na igreja do Santo Spirito, em Florença.   

Chamado a Roma no outono de 1508 pelo Papa Júlio II, que lhe confiou a decoração de uma das salas do Vaticano (conhecidas hoje como “Salas de Rafael”), o artista não concluiu a obra, que nunca chegou à igreja.   

Após a morte de Rafael (ou talvez antes), a “Madonna del Baldacchino” foi comprada por Baldassarre Turini, poderoso secretário do papa Leão X, que a designou para a capela de sua família na Catedral de sua cidade natal, Pescia. Ali permaneceu até 1697, ano em que foi adquirida pelo Grão-Príncipe Ferdinando de Medici. (ANSA).