Nos últimos anos, a obesidade tem se tornado um problema cada vez mais complexo e multifatorial que não pode ser explicado apenas por questões individuais, como genética e comportamento. Atualmente, a obesidade é considerada um problema global de saúde pública. No Brasil, a taxa de excesso de peso é alarmante, atingindo quase 100 milhões de pessoas, segundo dados do último levantamento realizado pelo IBGE, em 2019.

No entanto, muitos médicos ainda tratam a obesidade como uma condição causada por escolhas pessoais. Porém, para a Dra. Laysla Natália, médica e pesquisadora em nutrologia, é mais realista encarar o excesso de peso como uma condição etiopatogênica de muitas doenças.

Diversos estudos, por todo o mundo, colocam o problema do excesso de peso como um grande fator para o aumento e desenvolvimento de doenças graves, como as cardiovasculares e um maior índice de mortalidade em casos de alguns tipos de câncer.

“A obesidade é uma condição crônica que é um fator de risco para diversas doenças graves, como problemas cardiovasculares, metabólicos, reprodutivos, oncológicos e psicossociais”, explica a profissional.

Para ela, o peso de um paciente em tratamento contra a obesidade, deveria ser equivalente a Glicemia de um paciente com diabetes: “Não basta dizer pra alguém que a pessoa precisa perder peso, é necessário que o médico chame a responsabilidade para si também”.

Na sequência, ressalta também que o tratamento deve ser acompanhado de perto: “Inicialmente, é preciso conhecer a fundo o paciente, identificando os seus hábitos e buscando entender as causas e o problema como um todo”.

A escolha do tratamento ideal depende de cada paciente, mas o processo envolve uma série de abordagens e mudanças no estilo de vida da pessoa. “É preciso ter uma dieta saudável e equilibrada, incluir o exercício físico na rotina, reduzir o consumo de álcool e abandonar o tabagismo”, conta.

Por fim, a Dra. Laysla Natália ressalta ainda que o processo do tratamento requer muito esforço, dedicação e empenho por parte dos envolvidos. Além disso, reforça que prevenção é sempre a melhor escolha.

“O paciente tem que estar disposto a seguir as recomendações do médio e o profissional precisa acompanhar de perto, entender e adaptar o que for preciso para que o paciente não entre em um efeito sanfona e emagreça de forma saudável”, diz.

“É preciso focar em medidas preventivas, como ter um estilo de vida saudável, incluindo a alimentação saudável e a prática regular de atividade física”, finaliza.

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