A Casa Branca ainda analisa se Barack Obama irá a Hiroshima, no que seria a primeira visita de um presidente americano a uma das duas cidades japonesas atacadas pelos Estados Unidos com a bomba atômica.

“Estamos colocando muito empenho no planejamento desta viagem”, disse o secretário de Imprensa da Casa Branca, Josh Earnest.

“O presidente já foi ao Japão três ou quatro vezes, e sempre que esteve lá surgiu este tema, que analisamos em cada ocasião”, recordou o funcionário.

A princípio, Obama visitará o centro do Japão no final de maio para um encontro do Grupo dos Sete.

No mês passado, o secretário de Estado, John Kerry, se tornou o funcionário americano de maior graduação a visitar Hiroshima.

Na ocasião, Kerry se disse “profundamente comovido” com a visita e acrescentou que Hiroshima foi “um marco devastador que interpela toda a sensibilidade de um ser humano”.

“Todos deveriam vir a Hiroshima, e quando digo todos, me refiro a todos”, declarou Kerry, abrindo as especulações sobre a visita de Obama.

O Japão tem proposto aos líderes mundiais que visitem Hiroshima e Nagasaki para ver os horrores das armas atômicas e se unam no combate ao armamento nuclear.

Mas uma visita de Obama pode irritar a oposição nos Estados Unidos, além dos militares cujos predecessores obedeceram a ordem de lançar as bombas.

A eventual visita ocorreria em um momento especialmente sensível: no ano do 75º aniversário do ataque a Pearl Harbor, em dezembro de 1941, o que provocou a declaração de guerra dos EUA ao Império japonês.

Earnest assinalou que Obama não acredita que os Estados Unidos devam desculpas ao Japão pelo lançamento das bombas nucleares.

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