Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

O voto contra o corte de gastos que Fernando Haddad não imaginou que teria

Posição de Rui Falcão surpreendeu o ministro

Washington Costa/MF
Fernando Haddad Foto: Washington Costa/MF

Dos três parlamentares petistas que votaram contra o pacote de ajuste fiscal do governo o que mais chateou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi o ex-presidente do PT Rui Falcão (SP). Haddad não foi sequer avisado do voto dissonante de Rui, com quem mantém relação mais próxima dentro do PT, e nem imaginava que o tiro chegaria de um aliado com quem dividiu campanhas eleitorais.

Em entrevistas, Rui Falcão afirmou que não tem “relação de vassalagem” com o presidente Lula e que votou contra o pacote porque ele afeta direitos como o aumento do salário mínimo e o abono salarial. Já o ministro, em café da manhã com jornalistas na semana passada, fez uma queixa sem dizer o nome do amigo. “Eu sei que esse discurso desagrada a esquerda e a direita porque um lado não quer contenção de gastos e o outro não quer pagar imposto. Aí fica difícil, né?”

Além de Rui Falcão, a deputada Natália Bonavides (RN) e o deputado Marcon (SE) votaram contra a proposta na Câmara. Apesar de ir contra a maioria do partido e desagradar o governo, os parlamentares não receberão punição da legenda porque não havia questão fechada sobre a aprovação do projeto. À coluna, Rui Falcão disse que seu voto “não tinha nada de pessoal” em relação a Haddad. “Divergência politica, para mim, não envolve amizades”, disse o deputado.

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