Nem é preciso lembrar a vergonha que os brasileiros passaram com a invasão de terroristas e a depredação de prédios, mobiliário e obras de arte na Praça dos Três Poderes. E se essa violência atingiu o estômago das pessoas de bem, a tentativa de destruição das instituições democráticas dói como uma punhalada na alma.

Somente em zoológicos se viam animais em cenas como as registradas em áudios, vídeos e fotos que correram o mundo. Somente pinturas de Dali conseguem retratar tamanha distorção da realidade. Apenas filmes de ficção científica expõem vilões tão lunáticos e com essa sanha explícita.

Do outro lado do espelho da Alice, terroristas acusam democratas de serem os responsáveis por atentados contra as instituições… democráticas.

Presos por vandalismo, no mínimo (até investigações mais estendidas), reclamam da comida na cadeia – quando, extremistas, costumam pregar que bandido bom é bandido morto.

Talvez só caiam na real (de que a terra é redonda) de que realmente são, sim, bandidos criminosos, quando acabarem as baterias de seus celulares. Aliás, por que se permite o uso de celulares se estão em cana?

Talvez também fosse o caso de deixar um só aparelho para a multidão inteira de fanáticos presos, com acesso apenas ao whatsApp de grupos que defendem a democracia. Quem sabe aí os parafusos dos cérebros dos fanáticos não comecem a funcionar ao contrário?