24/06/2022 - 9:30
Emmanuel Macrou venceu recentemente a reeleição à Presidência da França, mas, infelizmente para o seu país e toda a União Europeia, vimos que a extrema direita saiu das urnas de votação bastante fortalecida. A situação agora piorou: no último final de semana, nas eleições parlamentares francesas, a direita radical, liderada por Marine Le Pen, alcançou o melhor desempenho histórico no campo legislativo: saltou de oito para oitenta e nove deputados. Macron perdeu, assim, um trunfo político que seria a alma de sua nova gestão: a maioria absoluta na Assembléia Nacional. A coalizão de centro-direita Juntos, que tem nele o seu representante maior, conseguiu duzentas e quarenta e seis cadeiras. Para comandar a França sem ter de negociar com políticos e ideólogos do extremismo direitista, Macron necessitava de duzentos e oitenta e nove parlamentares. Diante do fracasso da coligação governista, a primeira-ministra Elisabeth Borne pediu demissão. Até a quarta-feira 22 Macron a mantinha no cargo.
A esquerda também subiu
A frente política da esquerda francesa chama-se Nova União Popular Ecológica e Social. Será a segunda representação mais forte na Assembléia Nacional. Macron, com certeza, terá de preparar-se para muitas negociações.
Reino unido
A última chance de Julian Assange
Fecha-se cada vez mais o cerco ao australiano Julian Assange, fundador do Wikileaks, organização que divulga na internet, com fontes anônimas, documentos confidenciais de empresas e governos em todo o mundo. Assange, que está no Reino Unido, acumula nos EUA dezoito acusações criminais envolvendo espionagem e vazamento de imagens e registros com sigilos militares. A ministra do Interior do Reino Unido, Priti Patel, acatou o pedido da Justiça norte-americana e aprovou a sua extradição. Após mais de dez anos vivendo foragido, resta-lhe agora apelar à Alta Corte de Londres. Recebendo autorização desse tribunal recorrerá, então, à Suprema Corte. Os advogados de defesa apresentaram laudos mostrando que Assange está mentalmente enfermo. Alegam que ele jamais suportaria uma sentença de prisão perpétua nos EUA.
Esporte
Aflição e susto no mundial de natação
Na quarta-feira 22, a atleta norte-americana Anita Álvarez, 25 anos, passou mal e quase se afogou durante a disputa da final individual livre de nado artístico, no Mundial de Esportes Aquáticos, realizado em Budapeste, na Hungria. Anita perdeu a consciência por causa de um quadro de fadiga extrema e ficou submersa por dez segundos. Ao perceber a sua discípula inerte no fundo da piscina, a treinadora Andrea Fuentes não hesitou. Pulou na água rapidamente, e, antes que os salva-vidas entendessem a situação, conseguiu trazer Anita à tona. Andrea teve a ajuda de um dos organizadores do evento e a atleta precisou de maca para deixar o local. As imagens perturbadoras do salvamento viralizaram, mas o caso na passou de um grande susto. Anita já está recuperada.
Governo
A farra do cartão corporativo
Para se aproximar da população em busca de sua reeleição, Jair Bolsonaro vive a se exibir em um prosaico cotidiano. Usa roupas simples em caminhadas pelo País, posa para fotografias comendo pão com leite condensado e aposta em vídeos caseiros nas tradicionais lives. Acontece, no entanto, que as trivialidades do dia a dia são uma farsa, quando se leva em consideração os gastos do presidente, financiados com dinheiro público. Entre janeiro e maio, o governo pagou R$ 6,1 milhões em faturas do gabinete da Presidência, gastos relativos ao cartão corporativo. Em média, Bolsonaro esbanja R$ 1,2 milhão por mês. As despesas do presidente são mais altas do que as de Dilma Rousseff e Michel Temer, seus antecessores, em anos eleitorais.
