A peça criada em 2006 ainda é a mesma de 15 anos atrás: uma atriz (Fabiana Gugli) está enclausurada no camarim e reflete sobre a vida, momentos antes de entrar em cena. Em “Terra em Trânsito”, que agora tornou-se “teatro-cinema”, o autor e diretor Gerald Thomas atualizou o contexto político do texto. Em vez de falar mal de George W. Bush, a vítima das críticas é Donald Trump; em vez das drogas sintéticas, o problema são os anti-depressivos. “A nova versão dialoga com o momento em que vivemos. Estamos há um ano confinados dentro da casa, enlouquecendo sobre o mundo lá fora. Em 2006, a peça acontecia no palco, com plateia, luz e cenário. Hoje, tudo foi adaptado para o espaço íntimo da minha casa”, explica Fabiana Gugli.