O presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), Rafael Fonteles, foi o entrevistado da live da ISTOÉ, na tarde da terça-feira (6). Secretário de Fazenda do Piauí, Fonteles falou sobre temas importantes para a economia e finanças do País, como a Reforma Tributária e Administrativa.

Fonteles disse que os Estados enfrentam um cenário extremamente adverso por conta da crise sanitária do Covid e que não existe um plano de retomada econômica para o Brasil no pós-pandemia.

“O ambiente bélico entre gestores e governo, estimulado por Bolsonaro, atrapalha as soluções dos problemas do país”, afirma

Matemático, com mestrado em economia, o presidente do Comsefaz avalia que as propostas de ajuda aos entes em discussão no Congresso e no governo federal são absolutamente insuficientes para atender às demandas geradas pela nova onda da crise sanitária.

“Para reduzir os efeitos gerados pela crise sanitária é preciso que o governo federal injete recursos na economia para o país retomar o crescimento”.

O secretário defende que os investimentos do governo em infraestrutura fiquem de fora do teto de gastos. Ele debateu várias pautas econômicas, mas, invariavelmente, ele cita a Reforma Tributária como a principal medida para resgatar o crescimento da economia nacional. “Defendemos uma Reforma, inclusive realizando um pacto federativo”, diz.

De acordo com sua avaliação, a redução nos investimentos no auxílio emergencial, a falta de um apoio federativo aos estados e municípios, como a não suspensão das dívidas, fará o país voltar à situação estrutural grave nos próximos meses.

“O auxílio emergencial é o principal item de mitigação dos efeitos socioeconômicos da pandemia, tanto pela razão social, ela impede a morte de milhões de pessoas, garantindo a sobrevivência, mas também por uma razão econômica, garantindo a retomada econômica mais célere”, conclui.