Não, o título acima não se refere a Lázaro Barbosa, o maníaco que chacinou uma família no Distrito Federal e está sendo caçado pela polícia de Goiás há 12 dias. Aqui se trata do genocida, responsável por parte das 500 mil mortes por Covid e que segue livre, leve e solto e cometendo as maiores insanidades no combate à doença. Enquanto centenas de autoridades brasileiras lamentaram neste sábado termos atingido meio milhão de vítimas fatais pela pandemia, o presidente Bolsonaro não se dignou a emitir um simples comunicado exprimindo qualquer sentimento pela dor que milhares de famílias sentiram em meio à agonia vivida pela perda de entes queridos.

Ele deixa claro que está se lixando para a saúde dos brasileiros alcançados pelo maior drama da nossa história. Como ele mesmo já disse, “sou Messias, mas não faço milagres”; “deixem de ser maricas”; “vai morrer quem tiver que morrer”; “não posso fazer nada”. E por aí vai. Foram tantas asneiras que levaríamos horas descrevendo-as. O capitão já disse, com todas as letras, que a doença precisa pegar em todo mundo para atingirmos a tal imunidade de rebanho, como se a população fizesse parte do “gado” que ele conduz. Para o pequeno ditador, as vacinas não são necessárias, pois os doentes devem tomar cloroquina e logo vão sarar, quando todos sabem que esse remédio é ineficaz. E mata. Foi com esse pensamento negacionista, anticiência, homicida e genocida que chegamos a meio milhão de mortes.

Os infectologistas já provaram que se tivéssemos comprado as vacinas antes, poderíamos ter evitado pelo menos 350 mil mortes. Mas, o serial killer do Planalto Central prefere empilhar cadáveres nos cemitérios brasileiros. Hoje, somos o segundo País com o maior número de mortos, pouco atrás dos Estados Unidos, mas lá a doença está sob controle, com a nação americana voltando ao normal e com as mortes rareando. Portanto, dentro de um ou dois meses, vamos superar os americanos e nos tornarmos a escória do mundo, o pior lugar do planeta para se viver, local em que a vida não vale nada. E, tudo, graças a uma política genocida que não está nem aí para a saúde de seus habitantes. Vale lembrar que o Código Penal pune com cadeia os governantes que não cuidam da saúde de seus moradores e desprezam pelo bem estar da nação.

Portanto, é de se esperar que a CPI da Covid no Senado responsabilize todos os que nos conduziram a esta tragédia. Ou teremos que aguardar que o serial killer do Planalto Central continue à solta, levando para o cadafalso nossos familiares e amigos? Precisaremos chegar a um milhão de mortes para tomarmos alguma providência?