“Ridículo”, “O dia mais sombrio”, “Messi quase fora”: nos quatro cantos do mundo, a imprensa esportiva dedica grande espaço para a derrota da Argentina por 3 a 0 para a Croácia, que deixa a bicampeã com a corda do pescoço na Copa do Mundo.

Na Argentina, o diário Olé estampa em sua manchete “A casa de papelão”, fazendo referência à série “Casa de Papel”.

“A seleção voltou a falhar. Apesar de ter chances, internamente todos se sentiram eliminados. No retorno à concentração, existiam rostos de fim de ciclo”, avaliou o jornal.

“Uma demonstração de incapacidade tática e técnica que deixa a Argentina em perigo extremo e que pode marcar o fim de uma geração”, sentencia o jornal inglês Daily Mail.

“Antes da falha do goleiro, a Argentina não mostrou nada sobre o campo”, destaca o alemão Bild.

Uma lambança do goleiro Willy Caballero deixou Ante Rebic livre para abrir o placar, aos 8 minutos do segundo tempo, enquanto Luka Modric fez uma pintura para ampliar, aos 35, e Ivan Rakitic fechou a conta aos 46.

– A estrela apagada –

“Foi possivelmente o dia mais sombrio da história do futebol argentino”, escreveu China News Services, que tira um pouco o peso sobre Lionel Messi. “Sem bateria nem baixo, apesar de Messi ser o melhor canto, como vão fazer boa música?”.

A versão digital do alemão Spiegel insiste nesta linha: “Messi não mereceu esta Argentina”.

Na Espanha, o jornal catalão Sport também avaliou a atuação do astro do Barcelona. “Lionel Messi nunca se sentiu cômodo em um time que dá a sensação de estar sempre sofrendo”.

Marca e AS, também espanhóis, escolheram a foto de Messi para simbolizar o pesadelo argentino.

O técnico Jorge Sampaoli não escapou da mira dos jornais. Na China, o Titan Sports diz que “este jogo é coisa de Sampaoli, não de Messi”.

O FAZ, de Frankfurt, destaca que “o finalista de 2014 viveu um tropeço”, destacando além disso que “as reações são violentas e o técnico deu uma declaração de fracasso”.

Na Espanha, o Mundo Deportivo usa tom eloquente para dizer que a Argentina está “No abismo”, com Sampaoli em primeiro plano com as mãos no rosto.

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