‘O Rei da Feira’: Leandro Hassum encara assombrações em nova comédia no cinema

Filme que estreia no dia 4 de setembro aposta no suspense clichê de 'quem matou?'

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Leandro Hassum como Monarca em 'O Rei da Feira' ao lado de Pedro Wagner, o Bode Foto: Reprodução/Instagram

Ambientado em um cenário bastante familiar para o brasileiro, a nova comédia nacional ‘O Rei da Feira’ estreia nesta quinta-feira, 4, com uma inusitada mistura de humor, mistério e elementos sobrenaturais. Estrelada por Leandro Hassum e Pedro Wagner, a produção acompanha a investigação de um assassinato em plena feira de rua no Rio de Janeiro, com a ajuda nada convencional da própria vítima.

Na trama, Bode (Pedro Wagner) é um feirante que tem a sorte de ganhar uma bolada no jogo do bicho e o azar de ser assassinado logo em seguida. Após retornar como um espírito com amnésia alcoólica, sem lembrar a identidade de quem o matou, ele terá a missão de ajudar seu amigo Monarca (Leandro Hassum), o segurança da feira com dons mediúnicos, a investigar a própria morte.

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Em entrevista à IstoÉ Gente, Leandro Hassum comenta sobre sua relação com a espiritualidade, um dos grandes temas no longa, a humanização do filme ao escolher a feira como ambiente principal e ainda aproveita para explicar a composição do seu personagem.

“Apesar de ser uma comédia, que tem todos os seus atributos de comédia, esse cara [Monarca] é um policial que nas horas vagas ele é segurança da feira. E ele tem esses conflitos com a espiritualidade, uma coisa que para mim, pelo menos, é um pouco recente”, conta.

“Ele acaba vendo espíritos quando está com o umbigo descoberto e ainda tem a ruptura com a mãe dele”, continua.  ‘Tem gente que tapa o umbigo por conta de energias negativas e tudo mais. Eu vim saber isso por causa da Jade Picon, no ‘Big Brother'”, brinca.

“O filme tem lugares dramáticos interessantes, obviamente que costurados através da comédia. Tem esse lado da espiritualidade, da comédia, do mistério meio Agatha Christie: ‘Quem é o assassino?’. É uma história muito brasileira, que se passa numa feira, que é uma coisa muito comum a todos os brasileiros.” 

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O ator reforça que a nacionalidade do longa está presente não apenas na ambientação, mas também nos próprios personagens de ‘O Rei da Feira’, que refletem a miscigenação do povo brasileiro, além do jogo do bicho, uma das modalidades mais difundidas em todo o país.

“A gente tem feira livre no Brasil todo. Talvez uma coisa ou outra sendo diferente, mas você tem em todos os lugares, onde as pessoas se transformam em uma grande família, todos os feirantes se conhecem. A fofoca que acontece aqui, o bar que os feirantes frequentam quando a feira está acabando, acho que tudo isso vai trazendo esses elementos muito nossos.”

“A persona do Bode ser o nordestino, o chinês do pastel e caldo de cana além do jogo do bicho. Tem várias coisas nesse filme que fazem com que as pessoas se identifiquem. Eu sou um comediante que sempre gostou de trabalhar com esse humor de identificação”, continua, antes de comentar sobre o cuidado com a estereotipação.

“A gente tem que tomar todos os cuidados, mas também não pode fugir do que é real. A comédia acontece a partir do momento em que esses personagens são críveis, eles existem realmente, eles são exatamente assim. A gente tem que usar as pessoas e dar cada vez mais espaço para essas pessoas e para esses vários sons diferentes de vozes, de sotaques, de formas de falar, de formas de agir”, afirma. 

Relação com a espiritualidade e religião

Casado com Karina Gomes há 27 anos, ele aproveita para destacar a influência da espiritualidade da esposa em sua vida. “Eu venho de formação católica, não sou um cara de frequentar igreja e tudo mais. Minha mulher é umbandista, ela gosta de frequentar umbanda. A gente mora nos Estados Unidos,  então é difícil achar encruzilhado aqui para ela”, brinca.

“Quando a minha mulher fala para eu tomar um banho de sal grosso, eu vou lá e tomo meu banho de sal grosso. Eu faço, não tenho o menor problema com isso”, continua. “Eu fiz catecismo, mas é isso. Não sou um cara que entende, acho que eu sou laico para caramba”, se diverte.

Apesar disso, ele reflete: “Acho que o brasileiro, tirando, obviamente, as pessoas que são mais conservadoras, é um pouco de tudo, né? A gente acredita em tudo.”

Confira o trailer de ‘O Rei da Feira’