O que se sabe sobre caso de mulher morta durante hidrolipo em clínica de SP

Paloma Lopes
Paloma Lopes Foto: Reprodução

Paloma Lopes, de 31 anos, morreu depois de realizar um procedimento estético de hidrolipo na tarde de terça-feira, 26, na clínica Maná Day, no bairro Tatuapé, zona leste de São Paulo.

Segundo as investigações, Paloma sofreu uma parada cardiorrespiratória durante o procedimento, chegou a ser socorrida e levada pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde teve a morte confirmada.

O marido da mulher, Everton Reigota, comentou o ocorrido por meio das redes sociais. “Venho dar a pior notícia da minha vida. Infelizmente a Paloma, minha esposa, fez um procedimento estético e teve complicações. Infelizmente, ela faleceu. Vamos apurar os fatos ocorridos da falha da clínica”, completou.

A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou ao site IstoÉ que o 31° Distrito Policial instaurou inquérito policial e investiga as circunstâncias. O caso é investigado pelo 52° Distrito Policial (Parque São Jorge), que requisitou o exame de necropsia.

Médico acusado

Segundo o “SBT News”, o cirurgião plástico Josias Caetano, responsável pela cirurgia de Paloma, já havia sido denunciado por outras 20 mulheres em 2022, sob alegação de deformação.

Ele cativou. Falou: ‘vou fazer, vai ficar bonito’. Ele me desenhou, ele me conquistou”, relatou uma paciente, que fez redução de mamas, colocou silicone e fez abdominoplastia. Porém, ao sair do centro cirúrgico, a situação mudou. “Ele me desenhou de uma forma e me operou de outra. A marca da cirurgia é muito feia, é torta. Ele entrou com bisturi onde não era para entrar”, afirmou. “Quando eu voltava no retorno, ele falava que era normal, que ia fechar”, completou, em referência ao fato de os pontos demorarem para cicatrizar.

Na época, o advogado Lairon Joe disse que se tratavam de complicações que podem acontecer em qualquer cirurgia, e as pacientes “devem assinar um termo de consentimento onde coloca a sua ciência de todos as possíveis intercorrências que existem”.

O site IstoÉ entrou em contato com o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) questionando sobre as denúncias e se o médico estava regular. “O Cremesp informa que, a partir dos fatos noticiados pela imprensa, o Conselho está apurando o caso. As investigações tramitam sob sigilo determinado por Lei”, respondeu a instituição.