O que se sabe sobre assassinato de jornalista brasileiro no México

Reprodução/Redes Sociais
Testemunhas informaram que homens armados alcançaram a vítima na via e efetuaram diversos disparos contra o veículo Foto: Reprodução/Redes Sociais

O jornalista brasileiro Adriano Bachega, de 53 anos, foi executado a tiros na manhã desta terça-feira, 3, enquanto conduzia um carro BYD na avenida Lázaro Cárdenas, em Monterrey, no norte do México. Testemunhas informaram que homens armados alcançaram a vítima na via e efetuaram diversos disparos contra o veículo.

O BYD do jornalista ficou atravessado na avenida após colidir com um canteiro. Agentes da Força Civil, unidades da Polícia Ministerial e membros da Guarda Nacional chegaram ao local e constataram a morte, além de apontar que haviam dez cartuchos de armas de fogo na cena do crime. As informações são do “ABC Notícias” e da “Deutsche Welle”.

+ Jornalista assassinado a tiros no oeste do México

+ Unesco relata aumento dos assassinatos de jornalistas

Em seu próprio portal, Bachega afirmava ser editor-chefe do jornal “Diario Digital Online” e se descrevia como um consultor e palestrante sobre temas relacionados ao mundo dos negócios. O jornalista trabalhou cinco anos na antiga Odebrecht, agora chamada de Novonor.

No LinkedIn, o brasileiro relatou ter passado por três cargos na empresa, atuando nas áreas de qualidade, sistemas e instrumentação. Segundo o jornal “El Horizonte”, Bachega esteve envolvido em operações relacionadas ao gasoduto Los Ramones.

Como empresário, o jornalista declarou ter aberto sete empreendimentos dos quais três faliram. As autoridades ainda procuram os possíveis autores e motivações da morte do brasileiro.

O assassinato de Bachega é o segundo ataque praticado contra integrantes da imprensa em três dias no território de Nuevo León. Na noite do domingo, 1º, a jornalista Victoria Montserrat García Álvarez foi baleada em um assalto enquanto dirigia sua caminhonete e ficou ferida no braço esquerdo.

Com os ataques, o Congresso de Nuevo León aprovou um apelo para que o governador Samuel García reforce a segurança dos jornalistas.

Em nota enviada ao site IstoÉ, o Itamaraty informou que acompanha o caso e permanece à disposição dos familiares para prestar assistência consular.