O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi alvo de um atentado durante um comício eleitoral na Pensilvânia, no sábado, 13. O candidato republicano à Casa Branca acabou sendo atingido por um disparo de raspão em uma das orelhas. Agora as autoridades norte-americanas investigam como o atirador Thomas Matthew Crooks conseguiu subir armado em um telhado para tentar realizar o ataque.

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Além de Donald Trump, outras duas pessoas ficaram feridas no ataque, e Corey Comperatore, de 50 anos, morreu enquanto protegia sua família.

Polícia foi alertada

Antes do início do comício, espectadores notaram a presença de Thomas e chegaram a alerta a polícia presente no local. Mais tarde, testemunhas apontaram e gritaram sobre um homem com um rifle AR em um telhado.

Um policial chegou a subir no telhado e encontrou o atirador, mas não conseguiu impedi-lo porque se desequilibrou e caiu de uma altura de aproximadamente dois metros. Após ter efetuado o disparo, Thomas foi morto por um atirador.

Falha na segurança

Ao menos uma dúzia de policiais, delegados e a Polícia Estadual da Pensilvânia estavam auxiliando o Serviço Secreto dos EUA na segurança do comício. Porém Stan Kephart, ex-chefe de polícia, afirmou que houve uma “falha absoluta e abismal” por parte do Serviço Secreto na proteção de Donald Trump.

“Você não pode culpar outras pessoas. Elas estão sob seu controle”, afirmou Kephart, que atualmente trabalha com consultoria de segurança de eventos.

Múltiplas investigações

Após o ocorrido, o presidente norte-americano, Joe Biden, ordenou uma investigação independente sobre a tentativa de assassinato. Além disso, Comitês do Congresso iniciaram uma apuração a respeito do ocorrido.

O FBI também afirmou que investiga o ataque como um possível ato de terrorismo doméstico, por acreditar que Thomas tinha materiais como bombas no carro que dirigiu ao comício, e por ele ter agido sozinho. O órgão já conduziu mais de 100 entrevista com autoridades policiais, participantes do evento e outras testemunhas para entender a dinâmica do atentado.

O FBI teve acesso ao telefone do atirador, mas não obteve informações significativas a respeito da motivação do ataque.

Trump comparece em convenção

Dois dias após o atentado, Donald Trump compareceu à abertura da Convenção Nacional Republicana, na segunda-feira, 15, com um curativo na orelha direita.

Acompanhado por muitos agentes do Serviço Secreta, o candidato republicano se dirigiu ao companheiro de chapa, o senador de Ohio JD Vance, e ouviu os discursos de outras autoridades do partido.

*Com informações da agência de notícias AP