O ex-sargento da Polícia Militar Ronnie Lessa fez acordo de delação premiada com a Polícia Federal, que agora aguarda a homologação no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ele cumpre pena em um presídio segurança máxima de Campo Grande (RJ) após ser acusado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, me março de 2018.

Ex-PM afirma em delação que Ronnie Lessa atirou em Marielle, diz Dino

De acordo com o colunista do “O Globo” Lauro Jardim, a fala de Ronnie Lessa era a peça que faltava para fechar o quebra-cabeça sobre o caso. Há expectativa de que o ex-sargento forneça detalhes sobre o crime, para que a PF consiga concluir as investigações e chegue aos nomes dos mandantes.

Em janeiro deste ano, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, relatou em entrevista à CBN que tinha convicção de que as apurações sobre o crime seriam finalizadas em março. Já Flávio Dino, que ainda está no comando do Ministério de Justiça e Segurança Pública, também declarou que o caso seria integralmente solucionado “em breve”.

Os assassinatos de Marielle e Anderson Gomes eram investigados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Porém, em fevereiro de 2023, Flávio Dino determinou que a PF abrisse um inquérito sobre o caso, com o objetivo de ampliar a colaboração nas apurações.

Ronnie Lessa é apontado como o principal suspeito de autoria do crime. Isso ocorreu após a delação premiada do ex-policial militar do RJ Élcio de Queiroz, na qual teria confessado que foi o responsável por dirigir o carro que perseguiu o veículo da vereadora. Ele ainda destacou que o ex-sargento efetuou os disparos e revelou que a motivação era pessoal.

A vereadora e o motorista dela foram assassinados a tiros na noite de 14 de março de 2018, quando retornavam de um evento realizado no centro do Rio de Janeiro.