O conclave de cardeais chegou a um consenso e elegeu Robert Francis Prevost Martínez, de 69 anos, como papa nesta quinta-feira, 8. O pontífice adotou o nome de Leão XIV, o que indica uma referência a Leão XIII, um pontífice conhecido pela dedicação à justiça social.
O nome Leão foi adotado por outros 13 papas e o último, Leão XIII, viveu até os 93 anos, sendo o líder da Igreja Católica entre 1878 e 1903. O pontífice era conhecido por lutar pela justiça social, salários justos e condições de trabalho seguras.
Durante seu primeiro pronunciamento, papa Leão XIV afirmou que é um seguidor de Santo Agostinho e fez a oração de Ave Maria.
+ Como os papas escolhem seus nomes
+ Novo papa é Robert Prevost, dos EUA, e receberá o nome de Leão XIV
Embora em teoria os papas possam adotar seu nome de batismo, as trocas começaram em 533 com João II, que não queria manter seu nome, Mercúrio, por ser de um deus romano e pagão. O último a manter seu nome foi o papa Adriano VI, no século XVI.
Nos últimos tempos, o principal motivo apresentado para a escolha do nome foi a admiração por papas anteriores, com exceção de Pedro, por respeito ao fundador da Igreja.
Em 2005, o alemão Joseph Ratzinger adotou Bento XVI por devoção a Bento XV, o papa da paz durante a Primeira Guerra Mundial.
Em 1978, o polonês Karol Wojtyla escolheu João Paulo II como homenagem a João Paulo I, seu antecessor, que havia morrido pouco antes, após apenas 33 dias de pontificado.
Este último, o italiano Albino Luciani, foi o primeiro a adotar um nome composto, para homenagear o legado de João XXIII e Paulo VI.
Alguns nomes agora têm conotações negativas, como Pio, devido a Pio XII, a quem alguns historiadores acusam de ter mantido um silêncio cúmplice em relação ao Holocausto dos judeus pela Alemanha nazista.
*Com informações da AFP