Se um desconhecido senador, do minúsculo estado de Roraima, carregava 30 mil reais nos fundilhos da própria cueca, quanto não carregaria Flávio Bolsonaro acaso se encontrasse na mesma situação?

Sim, porque não há comparação entre o poderio político e financeiro de um e do outro. Além do mais, podemos tentar imaginar a quantia, baseando-nos nos inexplicáveis – e até hoje inexplicados!! – famosos “micheques”.

Estou acusando o bolsokid e sua família de algum malfeito? Eu não, ora. Primeiro que não sou bobo; segundo que não sou como os bolsonaristas, que acusam os outros sem provas, apenas para denegrir a imagem dos desafetos.

Mas vejam a movimentação financeira do maior vendedor de panetones (sempre em dinheiro vivo) do mundo, e as centenas de depósitos, também em dinheiro vivo, encontrados na sua conta corrente e da sua esposa.

Vejam, também, as inúmeras transações imobiliárias, pagas em grande parte, não através de depósito bancário, como é comum a quase todos os pobres mortais, nas em “cash”, nota sobre nota, “no tuta”, tão comuns à família presidencial.

Os Bolsonaros, assim como o ex-vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues, usam e abusam do hábito de guardar e transacionar em dinheiro vivo. Vai ver não confiam em bancos, tadinhos. Coisa de terraplanistas, né?

O senador declarou que mantém cerca de ¼ do seu patrimônio em espécie, num cofre particular. Não é o único. Políticos, digamos enrolados, utilizam o mesmo expediente. Esse pessoal é mesmo um tipo exótico.

Adoraria – e aqui estou sendo irônico, é claro – assistir a uma operação policial na loja de chocolates do Flávio “Rachadinha” Bolsonaro. Fico aqui imaginando: será que o dinheiro jorraria da cueca ou de dentro dos panetones?

Brincadeirinha, hein, pessoal!