Washington Quaquá já tinha mostrado que não estava mesmo a fim de disputar a presidência nacional do PT, mas marcava posição para torpedear a candidatura do ex-ministro Edinho Silva, de seu mesmo grupo político. A ministra Gleisi Hoffmann, de quem Quaquá é mais próximo, entrou em campo para dissuadir o prefeito de Maricá, no Rio, de continuar com a peleja.
Na semana passada, Quaquá disse que o apoio de Lula a Edinho era como uma cabeça de bacalhau, que ninguém nunca viu. Na segunda-feira, último dia para as inscrições dos candidatos petistas, a ministra foi levar ao prefeito a tal cabeça de bacalhau. O encontro aconteceu no Planalto.
Gleisi disse a Quaquá que estava em uma missão como emissária de Lula e que o presidente havia pedido união de sua ala do partido em torno da candidatura de Edinho Silva. O ex-ministro, Gleisi, Lula e Quaquá são do mesmo grupo político, que compõe a maioria dentro do PT, chamado Construindo um Novo Brasil (CNB).
A ministra e Quaquá, que hoje é um dos vice-presidentes nacionais do PT, combinaram que a manutenção de seu cargo será discutida após a eventual eleição de Edinho. Um dos pontos de discórdia entre Quaquá e o candidato de Lula é sobre a manutenção ou não da atual tesoureira da legenda, Gleide Andrade. O prefeito de Maricá defende que ela se mantenha no cargo. Edinho quer outra pessoa em seu lugar.
Quaquá quer também que, na próxima comissão executiva, haja espaço para um vereador de Maricá, Hadesh, que é um dos líderes do Movimento Popular da Juventude na cidade.