O que faz a OEA e qual é a importância da eleição para o comando da organização

OEA
Nova eleição na OEA ocorrerá no dia 10 de março Foto: Juan Manuel Herrera/OAS

A nova eleição para o comando da OEA (Organização dos Estados Americanos) ocorrerá nesta segunda-feira, 10. Os governos de Brasil, Bolívia, Chile e Uruguai anunciaram apoio à candidatura do chanceler do Suriname, Albert Ramdin, para o cargo de secretário-geral da entidade.

Criada no ano de 1948 e com sede em Washington, nos Estados Unidos, a organização tem um caráter mais político do que econômico e comercial. À IstoÉ, o professor de Relações Internacionais da ESPM Roberto Uebel explicou que a entidade é regional, pois envolve todos os países das Américas e do Caribe.

+ Brasil e mais 4 países sul-americanos apoiam chanceler do Suriname como secretário da OEA

“A OEA tem como objetivo promover a integração política das Américas, porém, sempre esteve sobre forte influência dos Estados Unidos e isso fez com que fosse alvo de críticas de países como a Nicarágua, Cuba, Venezuela e Bolívia, por considerá-la como um ‘fantoche’ norte-americano”, acrescentou.

Atualmente a organização é comandada pelo uruguaio Luis Almagro, cujo mandato termina em 25 de maio, e ele é criticado por alguns países integrantes da entidade por posições controversas e ter sido alvo de investigação interna sobre possível violação do código de ética.

Para Uebel, a nova eleição da OEA será importante para definir o futuro diante do novo mandato de Donald Trump, da instabilidade política no Canadá e do governo de direita na Argentina. “A entidade precisa escolher um secretário que possa retomar a agenda de coordenação política independente nas Américas e no Caribe”, ressaltou.

Até o momento, Ramdin e o paraguaio Ramírez são os únicos dois candidatos para substituir Luis Almagro, que ficou por dois mandatos à frente da organização regional.