Dando sequência à tradição do presidente brasileiro abrir a reunião anual da ONU, no próximo dia 22 o presidente Jair Bolsonaro fará seu primeiro pronunciamento na sede da entidade, em Nova York, cercado por grande expectativa. Afinal, Bolsonaro está no olho do furacão ambiental, acusado interna e externamente de ter sido negligente em relação à destruição da natureza na Amazônia, tanto pelo desmatamento desenfreado, como pelas queimadas incontroláveis. Todos, no mundo inteiro, querem saber quais medidas ele está adotando para evitar o desastre ecológico na região. Afinal, sua biodiversidade interessa ao mundo todo. A Amazônia é patrimônio da humanidade e se o governo brasileiro não adotar medidas concretas para evitar sua destruição, certamente o Brasil entrará na linha de tiro da comunidade internacional. Medidas de retaliação comercial ao País podem ser adotadas. Portanto, espera-se que o presidente brasileiro abra a reunião da ONU apresentando um rosário de soluções para conter o avanço da destruição das florestas. E não podem ser medidas superficiais. O mundo quer transparência. O governo brasileiro chegou a dizer que não tinha recursos para cuidar da preservação das matas, mas ao mesmo tempo recusou recursos da Alemanha e da Noruega. Bolsonaro já disse que deseja muito ir a Nova York dar detalhes do que ele está fazendo pela região. Disse que irá nem que seja em cadeira de rodas. Tudo porque no próximo domingo ele vai se submeter a nova cirurgia no intestino, para retirar uma hérnia provocada pela facada em setembro do ano passado. E todo mundo espera que vá mesmo, mas de cara limpa, sem ideologias baratas, preconceitos e outras desculpas que ele costuma dar para justificar sua imobilidade no tema.