A 16ª cúpula de líderes do Brics, um bloco de países emergentes, se reunirá na cidade de Kazan, na Rússia, de 22 a 24 de outubro para definir critérios para associação de países ao bloco e discutir as guerras em Gaza e no sul do Líbano.

Além disso, o encontro promovido pelo presidente Vladimir Putin tem como objetivo mostrar que a Rússia não está isolada após a guerra contra a Ucrânia. Apesar de ter anexado algumas regiões ucranianas, o governo russo insiste em afirmar que o conflito foi provocado pela hegemonia dos Estados Unidos.

Outro objetivo do encontro é a negociação para reduzir a dependência do dólar no comércio entre os países do bloco, além de medidas para fortalecer instituições alternativas ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e ao Banco Mundial, controlados pela principais potências mundiais.

O evento reunirá cerca de 23 líderes estrangeiros e 32 países confirmaram presença. O presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente iraniano, Masud Pezeshkian, devem comparecer. O governo russo também está contando com a presença de Narendra Modi, da Índia, e Recep Tayyip Erdogan, da Turquia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iria ao encontro da cúpula, mas teve de cancelar a viagem após um acidente doméstico e levar pontos na cabeça por conta de um ferimento na região occipital. O mandatário participará da reunião por meio de videoconferência.

No lugar do petista, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, o chanceler Mauro Vieira, irá chefiar a delegação brasileira na cúpula do bloco.

Após seis anos, o Brasil retomará a presidência do Brics a partir de 1° de janeiro de 2025 e tentará pautar as discussões a respeito de temas como a reforma da “governança global” e o desenvolvimento sustentável, mesmos assuntos discutidos ao longo deste ano durante a presidência do país no G20.

*Com informações da AFP e Agência Brasil