A importância da saúde mental ganhou destaque durante a pandemia da covid-19, período de alta no índice de transtornos mentais no Brasil e no mundo, conforme pesquisas. Antes do isolamento, em 2019, os dados já chamavam atenção no país, com 86% dos brasileiros com condições como ansiedade e depressão, segundo informações da “Veja” com base em um levantamento da Vittude, plataforma on-line de saúde mental.

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Para tratar a saúde mental, além da terapia, alguns casos são encaminhados para hospitais psiquiátricos — às vezes sem a devida necessidade —, para tratamento padronizado e sem o devido afeto comumente almejado nesse momento. A partir disso se sobressai o conceito de residência terapêutica, uma proposta de tratamento consequente do procedimento hospitalar, em um lar para pacientes já estabilizados.

O que é residência terapêutica

A residência terapêutica é uma opção diferente e completar ao hospital psiquiátrico, uma alternativa para prover qualidade de vida e prevenir a reincidência de crises. O ambiente ainda pode servir como uma solução definitiva de moradia aos pacientes, com afeto, convivência, suporte para todas as suas necessidades e ajuda para usufruir da máxima autonomia que seu quadro permitir.

O psiquiatra e sócio-diretor da Sig Residência Terapêutica, Ariel Mazur Lipman, destaca que mesmo no período de estabilidade muitos pacientes dependem de cuidados especiais — muitas vezes não promovidos devidamente pela família —, atendidos prontamente pela equipe desse tipo de estabelecimento. “As residências terapêuticas ocupam esse espaço de prover todas as necessidades dos portadores de doenças psiquiátricas crônicas”, explica. 

Quando optar pelo hospital psiquiátrico

Diferente da residência terapêutica, os hospitais psiquiátricos são recomendados para pacientes em situações de crise, com comportamento de risco, que demandam um ambiente seguro, controlado, com acompanhamento médico e multidisciplinar frequente. Essa é uma alternativa mais isolada e sem período determinado, embora seja comum um curto prazo.

“A chave para entender a diferença entre hospitais psiquiátricos e residência terapêutica está na compreensão da diferença de cuidado na crise e no período de estabilidade”, conclui Lipman.