A ex-presidente Dilma Rousseff, de 77 anos, foi internada em Xangai, na China, desde a sexta-feira, 21, após apresentar pressão alta, tontura e vômitos. De acordo com um boletim divulgado nesta segunda-feira, 24, pela assessoria da petista, a ex-mandatária sofreu uma neurite vestibular, mas respondeu bem ao tratamento e deve receber alta nos próximos dias.
“Dilma Rousseff passa bem e tem mantido suas atividades de trabalho normalmente durante o período internada”, escreveu a assessoria. A petista preside o Banco dos Brics desde abril de 2023.
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De acordo com o otorrinolaringologista Márcio Salmito, da Unidade Campo Belo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a neurite vestibular, uma inflamação no nervo do labirinto, que funciona como se a estrutura parasse de funcionar. “O sintoma que a gente espera é uma sensação de vertigem intensa e incapacitante. Dura horas a dias inteiros”, explica.
O médico aponta que o diagnóstico de uma neurite vestibular é feito a partir de exames e é possível medir quanto da função do labirinto foi perdida.
Apesar de ser um diagnóstico que não exige muitos exames complementares, a neurite vestibular gera uma vertigem súbita que também pode ser causada por outras condições como a labirintite infecciosa ou uma concussão em que a região do labirinto é atingida.
“Outra possibilidade é o paciente ter um AVC (Acidente Vascular Cerebral)”, comenta o médico, acrescentando que, nesses casos, são feitos testes para identificar se o problema seria um derrame ou um problema no labirinto.
Segundo Salmito, a partir do diagnóstico de neurite vestibular, há urgência para amenizar os sintomas do paciente. Além de medidas de suporte para conter a desidratação, no caso de indivíduos que perderam líquido vomitando, o tratamento é feito com anti-inflamatórios corticoides e exercícios específicos do labirinto que visam estimular um processo em que a pessoa “reaprende a usar o equilíbrio”.
**Estagiário sob supervisão
