O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi hospitalizado em Manaus (AM) durante este domingo, 5, para tratar a erisipela, uma infecção bacteriana que atinge a pele. O político foi a uma unidade de saúde no sábado, 4, após se sentir mal durante um passeio de barco. Apesar de receber alta na ocasião, o ex-chefe de estado foi internado novamente no dia seguinte.

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De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a erisipela é uma infecção bacteriana frequentemente causada pelo Estreptococo beta-hemolítico, afetando a derme e o panículo adiposo – tecidos que compõem a camada superficial da pele.

A dermatologista Giuliana Miranda, que atua no Hospital e Maternidade Brasil, em Santo André (SP), explica que a doença afeta os membros inferiores, mas também pode atingir o braço e a cabeça. “O que a gente vê no paciente é uma vermelhidão, inchaço, dor e calor no local”, relata a médica, acrescentando que o diagnóstico é feito por um exame físico.

A especialista esclarece que, muitas vezes, as bactérias responsáveis por causar a erisipela já estão na pele do paciente e se aproveitam de uma vulnerabilidade para atacar o local, como machucados ou fragilidade do sistema imunológico.

Conforme a especialista, após ser identificada, a erisipela é tratada com antibiótico de forma oral, que pode ser aplicado em casa, e de maneira intravenosa, que exige internação. “Essa decisão depende da extensão do acometimento e se tem bolha”, aponta a dermatologista. O tratamento costuma durar uma semana, mas pode ser necessário que prossiga por 15 ou 30 dias, segundo a médica.

Jair Bolsonaro já passou por uma erisipela em novembro de 2022, quando ainda era presidente do Brasil. Na ocasião, o ex-chefe de estado desmarcou alguns compromissos para tratar a enfermidade.

Por ser uma doença que pode retornar, algumas vezes há tratamento por profilaxia, quando o paciente continua a tomar antibiótico ao longo da vida. “Há fatores de risco como, diabetes e dificuldade no retorno venoso, aqueles que possuem a perna muito inchada”, pontua Giuliana Miranda sobre a chance de reincidência.

*Com informações da ANSA e do Estadão

**Estagiário sob supervisão