Ações das vigilâncias sanitárias do estado e município de São Paulo, em conjunto com a Polícia Civil, interditaram cautelarmente ao menos três bares localizados em diferentes regiões paulistas, na terça-feira, 30, por suspeita de comercializarem bebidas adulteradas com metanol.
Ao todo, o estado registrou até o momento 25 casos – 18 em investigação e 7 confirmados. Além disso, houve cinco mortes, uma foi confirmada por intoxicação de bebida adulterada com metanol e as outras quatro seguem sob suspeita.
Na região da capital paulista, os bares Ministrão, localizado nos Jardins, e o Torres, na Mooca, foram interditados após inspeções feitas pela Polícia Civil com o apoio de órgãos da vigilância sanitária.
As autoridades sanitárias ainda fecharam um outro bar em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
Nas ações, os agentes apreenderam dezenas de garrafas de bebidas alcoólicas e conferiram os rótulos de diferentes destilados. Agora as bebidas serão submetidas a perícia para comprovar se de fato há presença de metanol.
Por meio de uma publicação nas redes sociais, o Ministrão afirmou estar ciente dos casos com bebidas adulteradas e ressaltou que todos os produtos são adquiridos de fornecedores oficiais , com nota fiscal e procedência garantida.
“Reforçamos nosso compromisso com a segurança, a transparência e o respeito aos nossos clientes”, emendou.
Já o Torres garantiu que está colaborando com as apurações, e que todas as bebidas do estabelecimento são adquiridas de distribuidores oficiais e “parceiros de longa data”. “O Torres Bar permanece à disposição para qualquer investigação e reforça que a confiança que cultivamos ao longo de duas décadas é o nosso maior patrimônio.”
O Villa Jardim Bar, localizado em São Bernardo do Campo, emitiu um comunicado no qual afirmou que a administração do estabelecimento decidiu “suspender temporariamente as atividades” até que toda a situação seja esclarecida.
“Ressaltamos que todas as bebidas alcoólicas comercializadas pelo Villa Jardim são adquiridas por meio de distribuidores e fornecedores que estão no mercado há muitos anos, e comprovamos sua autenticidade e procedência por meio de notas fiscais”, completou.
A reportagem entrou em contato com o governo de São Paulo para confirmar se o estabelecimento foi um dos três lugares interditados temporariamente pela Vigilância Sanitária na terça-feira.
A adega Empório Santos, localizada na avenida João Goulart, também foi alvo da ação, mas segue aberta ao público. Em comunicado, o estabelecimento reafirmou seu “compromisso com a transparência junto aos seus clientes e informa que está prestando total colaboração às autoridades e órgãos competentes”.
“Nosso compromisso é sempre com a qualidade e segurança dos nossos clientes. Esperamos que tudo seja esclarecido o mais breve possível”, finalizou.