Polícia Federal espera encontrar provas de que Jair Bolsonaro (PL) conspirou com o filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para atacar a soberania nacional e interferir no processo do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, pela qual é réu, por meio de ameaças do governo Donald Trump.

Policiais apreenderam o telefone, um pen drive, US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie na casa do ex-presidente nesta sexta-feira, 18. As mensagens do telefone de Bolsonaro poderão indicar se ele, que foi o único alvo da operação de hoje, organizou ou pediu a Eduardo a interferência do americano na economia brasileira.

Em 9 de julho, Eduardo disse que as sanções anunciadas por Trump a produtos brasileiros eram fruto do diálogo dele, desde fevereiro deste ano, com a Casa Branca.

PGR (Procuradora-Geral da República) foi taxativa ao afirmar que Bolsonaro “confessou sua consciente e voluntária atuação criminosa” e que agiu em conjunto com Eduardo para submeter o STF e a economia brasileira aos EUA. Moraes concordou e escreveu em sua decisão que pai e filho fizeram “flagrantes confissões da prática dos atos criminosos”.

O ministro do STF acolheu todos os argumentos da PGR e citou também uma relação financeira de Bolsonaro com a atuação do filho. O ex-presidente já afirmou abertamente que é ele quem sustenta a estadia do filho nos Estados Unidos.