Marcelo Tas participou de live da IstoÉ, na noite desta sexta-feira (26). Na conversa com o jornalista Rafael Ferreira, o apresentador fez uma imersão nas quase quatro décadas de carreira na comunicação. Graduado na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), ele se formou em engenharia civil na USP, Tas ganhou notoriedade com o personagem humorístico Ernesto Varela, “um repórter de mentira falando com gente de verdade”.

Segundo ele, o personagem surgiu da necessidade da equipe de ter um repórter. “Vivemos num país muito medroso em relação a questionar as pessoas públicas (…) Como Ernesto Varela, eu circulava com mais liberdade, no final da ditadura, do que os repórteres circulam por Brasília”, avalia.

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Na conversa, Marcelo Tas relembrou o Rá-Tim-Bum (onde interpretava o estereotipado Professor Tibúrcio) e o Castelo Rá-Tim-Bum (Telekid, que respondia sempre o “porque sim não é resposta”). “Rá-Tim-Bum foi um presente que recebi. Tive um começo de carreira muito perigoso que é conviver com o sucesso. Comecei a me sentir muito poderoso”. Do mundo do jornalista fictício que ironizava personalidades políticas, dirigindo-lhes perguntas desconcertantes, Tas relembrou os tempos de apresentador do programa CQC, na Band, o que lhe rendeu maior projeção nacional.

Em 2014, Tas deixou a Band e em pouco tempo foi contratado para assumir o comando do programa “Papo de Segunda”, em 2015, junto ao cantor Léo Jaime, o humorista João Vicente e o jornalista Xico Sá. Com a carreira marcada pelo humor e jornalismo, ele manteve-se com audiência com suas críticas e provocações políticas.

Questionado sobre o polêmico questionamento a Marcelo Adnet no Roda Viva, Tas responde: “Nós temos que se acostumar mais com discordâncias, do que com concordâncias. Porque é justamente a concordância que nos levou nesta situação. Eu perguntei se era bom para um humorista assumir um partido, um lado. Eu continuo achando que prejudica, tanto para esquerda, quanto para a direita. O Carioca [humorista] perdeu muito ao ficar ao lado de Bolsonaro”.

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No bate-papo, ele aponta o dedo para o PT e Lula como símbolos de corrupção e faz críticas ao Congresso Nacional. “O PT perdeu a credibilidade, até hoje não fez a lição de casa, de pelo menos, dar uma satisfação para seus eleitores”, diz.

Para Tas, “o Congresso virou uma gaiola de suspeitos. Uma blindagem excessiva dos políticos acabou gerando um ecossistema de criminosos dentro do Congresso.

Hoje muitos criminosos se candidatam para ficarem lá dentro blindado para não ser pego, nem pela polícia, nem por ninguém. É uma vergonha para o Brasil.”

Na live, o apresentador falou sobre o “Provoca” e revela que o programa de abertura da temporada 2021 será com a atriz Marisa Orth e revela: “Vamos entrevistar um hacker faixa preta”.


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