Não é apenas Lula que está aprisionado na sala/cela na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. É todo o PT que está atrás das grades.

O partido está imobilizado. Como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu na madrugada de sábado, por 6 a 1, que Lula não pode ser candidato a presidente, por ser inelegível, o partido não pode continuar levando sua candidatura na propaganda eleitoral gratuita. O ministro Luis Felipe Salomão, do TSE, decidiu domingo que o PT tem de retirar do ar a propaganda em que Lula aparece como candidato a presidente. Se o partido insistir com a ilegalidade, será multado em R$ 500 mil por dia. Assim, se o PT quiser manter uma candidatura viável no ar, vai ter de substituir o ex-paladino da moralidade pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

Mas o partido ameaça não atender essa recomendação do TSE e diz que vai manter a candidatura ilegal de Lula, por meio de apelação ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Superior Tribunal Federal (STF). Uma candidatura sub judice, como dizem os advogados petistas. O partido insiste em dizer que não vai abrir mão da candidatura de Lula.

Dessa forma, o partido não poderá participar dos debates e terá de ser excluído da propaganda no rádio e na TV. Haddad continuará como fantoche de Lula na campanha. Essa estratégia pode até ser boa para Lula, que vai manter seu nome em evidência no cenário político nacional até as eleições. Mas será péssimo para o PT, que ficará fora da campanha e das urnas eletrônicas. Melhor mesmo será para o eleitor brasileiro, que não terá motivos para votar nos candidatos do PT, que não estarão representados na urna eletrônica.