O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) participou da live de IstoÉ nesta terça-feira (16). O parlamentar traçou um cenário turvo sobre o enfrentamento conduzido pelo governo federal contra a pandemia do Coronavírus, fez uma análise da aprovação da PEC Emergencial, falou sobre reformas e a situação econômica do País.

“Não existe um projeto de economia do governo Bolsonaro nem para agora e nem para o futuro do Brasil”, diz.

Dono de uma retórica sofisticada, Veneziano ocupa a primeira vice-presidência do Senado, fez duras críticas ao governo federal na gestão da crise sanitária. Conterrâneo do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, Veneziano avalia que o novo ocupante da pasta da Saúde começou mal ao afirmar que a política do ministério não será desenhada por ele, mas uma continuidade do pensamento do presidente da República.

“Se não fosse uma desastrosa, criminosa, absurda, ineficaz e ineficiente condução do governo federal, poderíamos ter evitado as centenas de milhares de mortes”, critica.

Para o parlamentar da Paraíba, o Brasil precisa ser reconstruído tanto nas relações internacionais como internamente.

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“Não há no horizonte perspectivas para que nós tenhamos um conjunto de medidas que possam modificar o cenário político”, começa.

“Cada dia o Brasil vai ampliando o fosso que separa os que tudo tem dos que nada tem. Vamos continuar a ter, em progressão geométrica, um número maior de brasileiros desvalidos”, completa.

Com os olhos voltados para 2022, Veneziano Vital do Rêgo argumenta que a postura bélica do presidente da República até poderia ser uma estratégia eleitoral interessante de Bolsonaro, se não fosse a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin de anular as condenações de Lula, que colocou o petista novamente na corrida eleitoral.

“Bolsonaro continua sendo um presidente para um nicho do eleitorado, mas a chegada do Lula muda tudo. Muitos dos candidatos que se apresentaram até dez dias atrás não devem nem mais postular a candidatura presidencial. Essa disputa esquerda contra direita favorece ao Lula”, conclui.


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