Morta, a princesa Diana conseguiu aquilo que a rainha Elizabeth não consegue, viva: reaproximar, ainda que por algumas horas, os príncipes Harry e William. Diana fez o milagre que eles aparecessem publicamente juntos, em Londres, na quinta-feira, 1º de julho.

Entre os dois netos da rainha da Iglaterra as divergências crescem a cada dia, mas, dessa vez, havia um motivo especial a superá-las — se não tivesse morrido, em 1997, em um trágico e mundialmente traumático acidente de carro, Diana teria completado, exatamente na quinta-feira, 60 anos de idade.

Quanto mais o tempo passa, mais Diana é respeitada e elogiada em todo o mundo. Os irmãos rompidos compareceram juntos à inauguração de uma estátua em sua homenagem – a obra, magistralmente perfeita, foi construída no mesmo local em que Harry e Meghan Markle anunciaram o noivado, em 2017: junto aos portões dos elegantes e muito bem cuidados jardins do Palácio de Kensington. Também nos portões desse palácio, súditos e fãs de Diana depositaram mensagens, fotografias e muitas flores.

O mito de Diana se conserva e, com certeza, perdurará historicamente por muito tempo ainda. É claro que a sua morte violenta nutre toda essa comoção, mas há outro fator, esse diretamente ligado à frieza e à boa dose de arrogância da família real britânica: Diana sempre foi humilhada por aqueles que de fato consideram ter nas veias e artérias sangue melhor que os outros. Na família, assim que se casou com o príncipe Charles, ela só experimentou solidão, humilhação e tristeza.

   Charles, que não foi convidado para a inauguração da estátua, nunca confrontou a mãe em defesa da esposa. Bem diferente é o comportamento de Harry. Ele optou por abrir mão da realeza para ser feliz com Meghan Markle. Ao contrário de Charles, Harry defendeu e defende sua mulher de origem não nobre. E, certamente, não está dando a mínima se, por causa disso, toda a família real virou-lhe o rosto, até o seu irmão William. Mesmo morta, Diana mostra aos arrogantes que ela é mais forte que os intolerantes da familia real.