O prato que une russos e ucranianos

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“Faça pierogi, não faça guerra” virou meme na Internet quando Vladimir Putin invadiu a Ucrânia no final de fevereiro. Teria um prato típico leste europeu a capacidade de encerrar um conflito? Isso porque os antigos países da extinta URSS dividem detalhes culinários entre si, sendo um deles o pierogi. Os bolinhos, em formato de pequenos pastéis, recheados com batata ou requeijão e cozidos em água quente, aliás, possuem vários nomes.

No Paraná, estado brasileiro que recebeu o maior número de imigrantes da Ucrânia e Polônia no final do século 19, o prato é chamado, além de pierogi, de perohê ou varenik. No sotaque do paranaense virou “pirogue” e é facilmente encontrado em festas de igreja, mas também em supermercados e em padarias, pré-cozido e congelado, ideal para uma refeição rápida, como uma massa italiana.

Por seus vários nomes, os pacifistas que queriam criar o meme da paz com culinária, acabaram criando discórdia. Afinal, como chama o tal prato? Na dúvida, foram criadas diversas hashtags: #MakePieroginotwar ou #MakeVareniknotwar e por aí vai.

Enquanto restaurantes e bares ao redor do mundo estão renomeando drinks com vodka ou cancelando receitas, como a exclusão do strogonoff dos cardápios, o pierogi não é “russo” com “R” maiúsculo. Acredita-se até que tenha vindo da China, sendo apenas uma versão das tradicionais guiozas. Para conhecer a iguaria, basta procurar uma receita na Internet, o nome oficial é um mero detalhe.