ESQUEMA O Tribunal de Contas da União investigará repasses da Saúde que ajudaram a engordar a bancada do PP (Crédito:Alan Marques)

O plenário do Tribunal de Contas da União aprovou na quarta-feira 16 a abertura de uma fiscalização para investigar os repasses do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Municipais de Saúde. O caso foi tema de destaque na última edição de ISTOÉ. O pedido foi feito pelo ministro Bruno Dantas. Suspeita-se que os repasses tenham sido usados como moeda de troca para que o PP atraísse parlamentares e prefeitos. Na janela partidária, em março, os Progressistas, como agora vai se chamar o PP, tornou-se a segunda maior bancada da Câmara. A fiscalização vai examinar a “enorme discrepância” entre os valores distribuídos por estado e a legalidade de portaria editada no final do ano passado pelo ex-ministro da Saúde Ricardo Barros simplificando os critérios para os repasses.

Centrão

A candidatura à Presidência pode nem chegar até outubro. Mas, na verdade, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está planejando algo bem além disso. Deseja manter coeso ao seu lado um grupo de partidos que, além do DEM, reúne também o PP, o PR, o Solidariedade, o PRB e, possivelmente, o PTB também. Será a volta do centrão.

Um time

Segundo um dos articuladores da campanha de Maia, a idéia é formar o que chama de “time da governabilidade”. O espelho do projeto é o MDB, que se notabilizou por dar suporte a qualquer presidente nos últimos anos. “Quem quer que ganhe, terá que conversar e negociar com o grupo”, diz o assessor de Rodrigo Maia, o líder do bloco.

Lula e as palestras

Suamy Beydoun

Foi prorrogado por mais 90 dias o inquérito que apura irregularidades nas palestras realizadas pelo ex-presidente Lula no exterior e pagas por empreiteiras como OAS e Odebrecht. A suspeita é de que as palestras foram pagas com dinheiro de origem ilícita. O inquérito é conduzido pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Lula está preso na sede da Polícia Federal na capital do Paraná.

Rápidas

* Levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas reforça que não é a simpatia partidária o que move o eleitor brasileiro. O instituto perguntou aos eleitores que peso teria em suas escolhas saber por qual sigla concorrem os candidatos.

* A pergunta foi feita mencionando os três maiores partidos brasileiros: MDB, PT e PSDB. Em todos os casos, a maioria dos entrevistados disse que saber qual é a sigla não alteraria a sua escolha.

* O maior percentual foi com o PSDB (62,5%). No MDB, 57,5%. E no PT, 43,3%. Dos três partidos, o MDB foi o que recebeu maior percentual de quem disse que saber que o candidato pertencia à legenda diminuiria sua chance de voto: 33,5%.

* O Paraná Pesquisas perguntou também se influía o candidato ter a simpatia de promotores e juízes da Lava Jato. De novo, a maioria (43,3%) disse que tal fato não teria peso no seu voto.

Retrato falado

“O governo aprendeu a navegar na tempestade” (Crédito:Jorge William)

Nas redes sociais, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, comentou o aniversário do vazamento da gravação da conversa entre o presidente Michel Temer e o dono da J&F, Joesley Batista, na quinta-feira 17, algo que Marun chamou de “Operação Asquerosa”. “O presidente resistiu. Todavia, os prejuízos para o Brasil foram imensos”, escreveu ele. Mas comemorou: “Conseguimos fazer com que o Brasil retomasse o caminho do crescimento. Em resumo, valeu a pena resistir!”

Quem paga a conta?

Os italianos da Enel enfrentam a fúria dos espanhóis não só por ter como concorrente na disputa pela Eletropaulo a Neoenergia. Detentora de 70% do capital da distribuidora Endesa, a empresa controlada por Roma é questionada por privilegiar fornecedores de seu país e, principalmente, pela política de distribuição de dividendos, usada como um importante reforço de caixa ao governo da Itália. De 30 bilhões de euros pagos em dividendos em onze anos, 25 bilhões de euros foram para Roma, segundo publicou o jornal espanhol El País. Se a Enel comprar a Eletropaulo, vai sobrar para os consumidores brasileiros ajudarem a fechar as contas dos italianos?

Toma lá dá cá

 

Deputado Beto Mansur (PRB-SP)

Vice-líder do governo, como o senhor avaliou a polêmica em torno da vírgula no slogan “O Brasil voltou, vinte anos em dois”?
Na minha visão, é algo sem importância. Poderia ser, se estivéssemos na Suécia ou na Noruega. Mas num país como o nosso, com tantos problemas sérios…

Mas que avaliação o senhor faz dos dois anos do governo?
O presidente Michel Temer recebeu o país numa grave crise. E vem conseguindo recuperá-lo. Ele fez uma bela exposição dessas realizações esta semana. Houve uma reversão de diversos quadros negativos: inflação, desemprego… Mesmo nas questões sociais, como o Bolsa Família, houve avanços.

Mesmo assim, a avaliação do presidente é baixa nas pesquisas…
Hoje, se faz pesquisa para sondar os candidatos à Presidência. Uma escolha que o eleitor não fez ainda. A maioria ainda não vota em ninguém, e acho que isso se mistura quando ele avalia o governo. Depois da Copa, acredito que, com o quadro melhor definido, a população poderá avaliar com mais serenidade tudo o que o governo vem fazendo.

Quem paga a conta?

Os italianos da Enel enfrentam a fúria dos espanhóis não só por ter como concorrente na disputa pela Eletropaulo a Neoenergia. Detentora de 70% do capital da distribuidora Endesa, a empresa controlada por Roma é questionada por privilegiar fornecedores de seu país e, principalmente, pela política de distribuição de dividendos, usada como um importante reforço de caixa ao governo da Itália. De 30 bilhões de euros pagos em dividendos em onze anos, 25 bilhões de euros foram para Roma, segundo publicou o jornal espanhol El País. Se a Enel comprar a Eletropaulo, vai sobrar para os consumidores brasileiros ajudarem a fechar as contas dos italianos?

PSB sem Joaquim

Abortada a candidatura de Joaquim Barbosa, o governador de São Paulo, Márcio França, retoma os esforços para tentar levar o PSB para a candidatura de Geraldo Alckmin, do PSDB. De acordo com fonte do partido, porém, a possibilidade hoje parece remota. França não estaria tendo capacidade de convencer especialmente os governadores do Nordeste.

Ciro, ou nada

Mauro Pimentel

O PSB vinha tentando retomar suas origens de esquerda, e a maioria no partido considera que isso não seria compreendido num apoio a Alckmin. Assim, há uma possibilidade de apoio a Ciro Gomes, do PDT. Mas o mais provável é que o partido libere cada estado para fazer as alianças que considerar mais convenientes do ponto de vista regional.

No ar

Divulgação

O medo de enfrentar manifestações em voos comerciais tem aumentado cada vez mais o uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) por autoridades. Segundo Levantamento feito por ISTOÉ, o campeão é o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Entre janeiro e abril, ele usou avião da FAB 18 vezes para ir até Porto Alegre.