O senador Nelsinho Trad (PSD/MS) participou de mais uma live de ISTOÉ, nesta terça-feira (27). O parlamentar contou, direto de Moscou, na Rússia, como está a viagem oficial, onde ele foi representar o Congresso Nacional e os interesses brasileiros em encontros com os BRICs e outras questões importantes para o país.

Trad disse que irá tratar, entre outras coisas, da tentativa de sensibilizar o governo russo sobre a prisão do brasileiro Robson Nascimento, acusado de tráfico internacional de drogas por ter entrado no País, em fevereiro do ano passado, com duas caixas de remédios encomendadas e compradas pela família do jogador de futebol Fernando, volante, atualmente no Beijing Guoan.

O senador desembarcou em solo russo com um pedido de perdão, assinado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, para entregar ao presidente Vladimir Putin e as autoridades russas para interceder pelo brasileiro.

“Vamos buscar o caminho da diplomacia. Tá mais do que evidente que esse cidadão brasileiro não sabia do que que estava levando”, disse o senador.

Aos 59 anos, Trad é médico e já foi prefeito de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. Relator da Comissão Temporária de Controle das Queimadas no Pantanal do Senado Federal, Nelsinho Trad recentemente conduziu uma diligência externa de trabalhos dos parlamentares na região pantaneira de Mato Grosso do Sul para observar de perto o cenário das áreas destruídas pelas queimadas e focos de calor na região pantaneira sul-mato-grossense.

“É uma consequência de algo muito mais grave que é a questão do clima do nosso planeta. Ou seja, não choveu lá como nunca aconteceu na história do Pantanal”, disse.

“O Brasil teve uma narrativa muito equivocada em relação à Amazônia. Deixou politizar a história e não passou uma informação baseada em números”, critica.

O senador também falou da reunião que terá por lá sobre o BRICs, agrupamento dos países em desenvolvimento, que une Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

“A Rússia é um potencial parceiro comercial do nosso país é nós temos aqui amanhã [28] uma tratativa na questão dos produtos do agronegócio que é uma potência nossa e a gente tem a perspectiva de estreitar o relacionamento justamente para proporcionar a retomada econômica no pós-pandemia, em novas frentes de exportações do Brasil”, explicou.

“Nossas tratativas econômicas buscam gerar desenvolvimento, emprego e renda no Brasil. Eles são grandes compradores de grãos nossos e tem uma relação comercial já bem consolidada”, avalia.

O senador também tratou da questão do enfrentamento à Covid-19, principalmente sobre as possíveis vacinas.

“A partir do momento em que tiver pronto a vacina e devidamente testada, podendo ser distribuída, seja elas de onde for, vai ter o órgão competente para analisar isso; não é o Senado, o presidente ou Doria. Tudo que politizou, só gerou confusão, só dá bate-boca. Ninguém vai para lugar nenhum, Fica uma conversa fiada para lá, conversa fiada para cá; vamos deixar quem tem que fazer de direito”, diz.

Para Nelson Trad, o governo tem que manter os projetos assistenciais, de geração e distribuição de renda, mas sem romper com o teto dos gastos públicos. “Tem cortar na carne, mas o poder público tem que ser um grande paizão no pós-pandemia”, conclui.