A advogada e atriz Marina Zatz de Camargo Zaborowsky, mais conhecida pelo nome artístico Luisa Mell, foi a convidada da live de Istoé nesta terça-feira (11). Crítica do presidente, ela avalia que “Bolsonaro está destruindo nossas conquistas ambientais. É uma tragédia, uma vergonha, um desastre, como a interferência política no Ibama, o massacre da população indígena e as queimadas no Pantanal. O Planeta não é capaz de suportar dos mandatos de Bolsonaro; ele é destruidor do presente”, desabafa.

Na entrevista ao vivo, ela bateu duro na militarização da Esplanada do Ministério.

“Os militares não tem competência técnica e nem de formação para cuidar do meio ambiente. Não sei onde vamos parar com tanta destruição.”

No bate-papo, ela falou sobre o Coronavírus – ela e o marido foram infectados pelo Covid-19 e dos momentos difíceis no enfrentamento à doença e falou muito sobre a defesa dos animais e das florestas.

“Tem que ter uma reestruturação nas nossas relações com os animais e o meio ambiente. Não sei onde vamos para com tanta destruição”, diz.

Marina, que se tornou conhecida pelo neologismo de “cachorreira”, adotou o nome Luísa em homenagem à avó, morta num acidente automobilístico quando a modelo ainda era adolescente. Já o nome Mell, ela incorporou porque costumava vender pão de mel quando criança. Diga-se de passagem, Luisa Mell é vegana.

“Se o mundo fosse vegano, não tinha a pandemia do Coronavírus”, diz.

Para ela, com o passar do tempo, conseguiu enxergar o mundo animal e o ser humano em uma totalidade. Luisa entende que a agressão aos animais não está só nos maus-tratos gratuitos dos bichos pelas pessoas, mas numa rede de responsabilidade comportamentais e econômicas, em que não se pode deixar de lado as indústrias.

“É um massacre geral, que é fruto de um conceito de sociedade que foi construída em cima de exploração animal”, avalia.

Presidente do Instituto Luisa Mell, a ex-apresentadora de TV disse na live que não tem qualquer saudade em atuar na telinha. Em 2018, Luisa lançou o livro “Como Os Animais Salvaram Minha Vida”, no qual relata momentos importantes de sua carreira na televisão, sua vida pessoal e seus trabalhos como ativista pelos direitos dos animais.

Em fevereiro, do mesmo ano, ela e a equipe de seu instituto realizou o maior resgate de cães do mundo – 1,5 mil cães de diversas raças em estado de maus-tratos. O resgate foi realizado na cidade de Piedade (interior de São Paulo), no canil Céu Azul interditado por suspeita de maus-tratos.

A postura, vista como radical por muitos, é apenas uma resposta a sua proximidade com os bichos. A ativista vê como um dos maiores entraves no país para combater o desmantelamento ambiental são as leis brandas, resultantes de decisões corporativas decididas dentro o Congresso Nacional.

“A bancada rural é um entrave para evolução das leis contra os maus-tratos dos animais e na defesa do meio ambiente”, critica.

“A pecuária está destruindo a maior riqueza do país que é a Floresta Amazônica”, diz e vai além. “Não adianta ficar com plaquinha de “Salve, a Amazônia” e ficar comendo carne”, finaliza.