O deputado federal Felipe Rigoni do Partido Socialista Brasileiro (PSB) foi entrevistado da live de Istoé nesta terça-feira (18). O parlamentar mais votado no estado do Espírito Santo, no último pleito, falou sobre educação, saúde, economia, reformas, da crise na Lava Jato, no combate à corrupção e do cenário político brasileiro.
Rigoni revelou também que rompeu com seu partido e ainda não definiu para qual legenda vai migrar.
“Estou com um processo no TSE para pedir a desfiliação do PSB por justa causa. Recebi mais de 20 convites de outras legendas, mas ainda não me decidi para qual vou”, disse.
Capixaba, formado em engenharia de produção pela Universidade Federal de Ouro Preto e com mestrado em Oxford, na Inglaterra, com bolsa da Fundação Lemann e da Fundação Estudar, defende a volta às aulas. Ainda na época de estudante universitário em Minas Gerais, ele se engajou na empresa júnior da instituição e deu os primeiros passos na política, se elegendo presidente da federação mineira e brasileira de empresas juniores.
O parlamentar, de 28 anos, é o primeiro deputado cego da história da Câmara. Em setembro de 2017, lançou o Movimento Acredito no Espírito Santo. Na sequência, participou do processo seletivo do RenovaBR e foi um dos 100 líderes escolhidos para o programa de formação. Na entrevista, ele fala sobre a aprovação do Fundeb e sobre educação.
“A aprovação do Fundeb foi a minha grande conquista no parlamento. A educação tem poder transformador e pode tirar o país do atraso”, argumenta.
Dono de um estilo político próprio, sem se deixar levar pela cega fidelidade partidária, ele não faz críticas duras ao governo Bolsonaro. Para ele, “o pior do governo é a pasta da educação”.
“Acho que não é só o presidente que errou, muitos governantes também têm erraram”, diz. “O extremismo político não ajuda o país”, avalia.
Reformas
Defensor das reformas Administrativa e Tributária, ele, na live, comenta como minimizar os efeitos da crise econômica no pós-pandemia.
“Precisamos retomar o ciclo de crescimento do país”, entende. Para Felipe, é importante que a equipe econômica se aproxime do Congresso para discutir PECs que tenham como objetivo a construção de um Estado mais eficiente, com geração de empregos e renda.
“Temos que construir um programa de distribuição de renda básica mais robusto e eficiente”, afirma. A pauta econômica, em toda sua extensão, é de fato a preocupação dele. Outro ponto comentado foi os problemas ambientais do País. “A questão ambiental pode fazer o investidor sumir do Brasil”, conclui.