Por Nicola Ferreira, da Agência Einstein

 

Geralmente relacionada a adultos e a idosos, a Arritmia ou Palpitação pode afetar crianças desde os primeiros momentos de vida. Caracterizada por um descompasso nos batimentos em momento de repouso e outros sintomas como falta de ar, cansaço físico, tontura e desmaio, a arritmia infantil pode ser hereditária ou consequência de cardiopatias congênitas – qualquer anomalia na função ou estrutura do coração até oito semanas de vida.

 

“A arritmia infantil é muito mais rara do que em adultos. Elas podem ser simples ou mais complexas. Muitas vezes ela é notada pelas próprias crianças, quando elas são mais velhas, ou pelos pais que percebem alterações nos batimentos. Contudo, devido à raridade, ela ainda é muito subnotificada”, conta o cardiologista pediátrico Gustavo Foronda, do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo.

 

Um dos sintomas que os pais devem estar mais atentos são os desmaios, principalmente em momentos de prática esportiva ou que ocorrem inesperadamente, já que além de possíveis contusões na queda, esse indício pode significar que a criança está sofrendo com um caso grave de arritmia.

 

Principais dúvidas sobre arritmia infantil

 

Em casos de arritmia infantil é necessário estar atento a histórico familiar e a presença de cardiopatias congênitas. Também é importante dar atenção às reclamações e comportamentos diferentes da criança, atitude que pode ajudar na identificação e tratamento rápidos.

 

A criança pode praticar esportes?

 

É possível continuar com a prática esportiva.  Mas há maior risco em algumas atividades que aceleram muito os batimentos cardíacos.

 

Consulte um pediatra

 

Avaliações médicas por um especialista podem agilizar o diagnóstico e o tratamento.

 

Escute e valorize se a criança estiver se queixando de alguma palpitação

 

Muitas vezes os pais não escutam as queixas de seus filhos em relação a diferentes batimentos do coração. Isso pode postergar um possível diagnóstico da doença.

 

Há outras comorbidades?

 

Além das cardiopatias congênitas, inflamações no coração e distúrbios metabólicos podem facilitar o processo de arritmia infantil

 

Tratamento

 

Nas ocorrências mais leves alguns remédios podem ser administrados. Já nas mais graves, são realizadas medidas como ablação (emissão de ondas de radiofrequência que eliminam os focos da arritmia). Além da ablação por radiofrequência, a implantação de marca-passo ou desfibrilador é uma possibilidade.

 

(Fonte: Agência Einstein)

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