O papa do povo
Após a renúncia de Bento XVII, o argentino Jorge Mario Bergoglio torna-se o papa Francisco, com um discurso de inclusão, humildade e simplicidade

FRESCOR - Com o papa Francisco, triplicou o número de visitantes ao Vaticano
Religião/Catolicismo 2013
“Foram buscar o papa no fim do mundo”, brincou Jorge Mario Bergoglio em sua primeira aparição pública como papa Francisco, em março de 2013, referindo-se à sua Argentina natal. O bom humor e a leveza trazida pelo novo sumo pontífice contrastavam com a postura de Joseph Ratzinger, o papa Bento XVI, que renunciara no mês anterior. Tornado o chefe da Igreja católica após o longo papado de João Paulo II, o acadêmico e intelectual Ratzinger passou oito anos difíceis, enfrentando escândalos como o desvio de recursos do Banco do Vaticano, o Vatileaks (o vazamento de documentos secretos por seu secretário) e acusações de ser pouco enfático no combate à pedofilia praticada por membros do clero. Com a alegação de condições frágeis de saúde, Bento XVI se tornou o primeiro sumo pontífice a renunciar em 600 anos e, posteriormente, papa Emérito.
Assim, o pontificado de Francisco tornou-se um vento de frescor na Igreja. Ao assumir as diretrizes de simplicidade e humildade de sua ordem jesuíta, o novo papa trouxe mensagens de amor, tolerância e aceitação. Seus discursos passaram a abrigar fiéis em segundo casamento e homossexuais e as mulheres passaram a ser valorizadas. Francisco também aproximou-se de líderes de outras religiões e, entre outras iniciativas, fez uma visita histórica a Cuba.
O resultado apareceu. Pesquisa feita pelo Vaticano, em 2013, mostrou que o número de visitantes triplicou com Francisco. Quando ISTOÉ surgiu, há 40 anos, 93% dos brasileiros declaravam-se católicos. Em 1992, o percentual havia caído para 65%. Nesse período, o número de evangélicos foi multiplicado por quatro, passando de 5% para mais de 20%.
Linha Evolutiva
“A trilogia dos últimos papas mostra uma linha evolutiva”, diz Walmyr Junior, 31 anos, professor de História e membro da Pastoral Universitária da PUC-RJ. Walmyr esteve com os três papas pessoalmente. Quando criança, assistiu a uma missa de João Paulo II no Brasil, depois esteve no palco ao lado de Bento XVI, em Madri, e discursou para o papa Francisco, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro, em 2013. Segundo Walmyr, João Paulo II trouxe uma experiência renovadora à Igreja, com iniciativas como a criação da JMJ. Bento XVI colocou no papel os rumos pelos quais a religião deveria seguir. “Francisco, ao ir ao encontro dos mais necessitados, colocou em prática as orientações dos antecessores, com um papel de união e difusão de paz e amor”, diz ele. “O processo ganha forma com a ação do papa Francisco.”

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