Em seu terceiro mandato, bafejado pela boa vontade que o destino lhe concede, o presidente Lula se mostra cada vez mais parecido com o bom (?) e velho Lula.

Como de costume, não demora um segundo antes de se desfazer de promessas (não nomear um amigo para o STF), de abandonar plataformas eleitorais (privilegiar mulheres em seu governo), de quebrar expectativas (unir o País) e de insistir nos erros do passado (política econômica de curtíssimo prazo).

Mantendo a tradição de politiqueiro titubeante e pouco confiável, o chefão do PT abraça – sem pudor algum! – Arthur Lira, o todo-poderoso Presidente da Câmara dos Deputados, concedendo-lhe verbas, cargos e salários indiscriminados, em troca de votos, numa espécie de mensalão oficial.

Rasga compromissos ideológicos que não lhe interessam, ainda que custe resmungos dentro do partido, ao mesmo tempo em que mantém os mais deploráveis conceitos históricos, como o fascínio por ditadores e ditaduras e grupos terroristas como o Hamas, em detrimento de Israel e Estados Unidos.

Mesmo com idade avançada, ainda se deixa seduzir por luxos e mordomias (como um emergente deslumbrado), e até mesmo a busca por uma aparência mais jovem entrou na pauta do velho Lula, que já não garante a aposentadoria anunciada em 2022.

Sua assunção tácita pelo rombo fiscal não surpreende, e é apenas mais uma amostra de que não esqueceu nada nem aprendeu nada. Inclusive, corrobora a prática contumaz de traição, desta vez com Fernando Haddad, de quem já fez poste e, agora, um bobo da corte.

O futuro a Deus pertence e ninguém tem bola de cristal, mas uma coisa é certa, pois realmente imutável: o Pai do Ronaldinho dos Negócios nasceu para encantador de serpentes e morrerá assim. Até porque, convenhamos, é craque no assunto. Pra que mexer em time que está ganhando, não é mesmo? Azar o nosso.