Após o vídeo gravado por Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, aliado de primeira hora do presidente Bolsonaro, com ameaças à ministra Cármen Lúcia, do STF, o indigitado político poderia ter sido preso ontem mesmo, mas tudo o que o bolsonarismo queria com um vídeo nojento como o que ele gravou era exatamente que a Suprema Corte ou o TSE, presidido pelo ministro Alexandre de Moraes, determinasse sua prisão. Ele queria virar mártir e favorecer o presidente Bolsonaro na reta final da campanha.

Moraes e os demais ministros, porém, não caíram na armadilha do político sem nenhum caráter ou moral e não decretaram seu prisão imediata. Jefferson, porém, não perde por esperar o fim das eleições. Com certeza haverá um novo pedido de prisão. Ele deve voltar para a cadeia um breve. Hoje, está em prisão domiciliar em sua residência, mas já demonstrou que não pode ficar em liberdade em meio à sociedade de boa fé. Esse sujeito tem que estar atrás das grades o mais rápido possível, pelo bem da democracia e da Justiça.

Tanto assim que já há movimentos na Câmara e no Senado exigindo providências contra seu gesto tresloucado. A senadora Leila Barros, a Leila do Vôlei (PDT-DF), que é procuradora especial da Mulher no Senado, pediu neste sábado providências enérgicas contra o vídeo que Jefferson gravou contra a ministra Cármen Lúcia, com ofensas jamais imagináveis na história da política brasileira.

Não se trata mais de fake news ou baixaria na campanha. Ou, como está na moda agora, quando se trata de atacar o ministro Alexandre de Moraes, dizendo que suas sábias medidas jurídicas poderiam ser censura prévia. Censura uma ova. Trata-se, sim, de ofensas inomináveis, com agressões impensáveis, ameaçando a integridade física e moral da ministra que já presidiu o STF até recentemente. E mesmo que não tivesse sido a presidente da Corte. O que está havendo nesse vídeo gravado pelo presidente petebista que circula nas redes e de uma gravidade sem tamanho, com um ataque inconcebível ao regime democrático, ao Estado de Direito e ao Poder Judiciário.

Esse vídeo nem deveria ser replicado por aí porque aumentaria as agressões à ministra. Deveria ser retirado do ar imediatamente e destruído, após a prisão desse débil mental. Mas se ele não for preso agora para não dar palco para maluco sambar, o ideal é que a Justiça determinasse seu confinamento em casa, sem acesso a qualquer meio de comunicação, quer telefônico ou rede social. É o maior absurdo que já vimos na história política brasileira. Se Bolsonaro sabia que ele divulgaria uma nojeira dessas, deveria ser responsabilizado junto. Se não sabia, deveria vir a público e condenar essa ação nefasta e cafajeste desse político indecente. Nojo de gente como essa.