Bolsonaro e Trump foram eleitos pela comunidade acadêmica da Universidade de Harvard, nos EUA, como os piores governantes do planeta por causa de suas políticas desastrosas no combate ao coronavírus. Eles foram vencedores da 30ª edição do Prêmio IgNobel, em “homenagem” aos presidentes que deram as piores contribuições para o controle da doença. Desde o início, os dois negaram a existência da pandemia, dizendo que tratava-se só de uma “gripezinha”. Não respeitaram a ciência e as determinações da OMS. Foram negligentes. Moral da história. O Brasil e os EUA somam hoje 405 mil mortes por Covid-19, das quais mais de 137 mil só no território brasileiro.

Não por acaso, os dois países juntos são responsáveis por 35% das vítimas fatais ocorridas no mundo inteiro. O negacionismo de Bolsonaro e de Trump levou à essa tragédia. O presidente brasileiro nega a importância da vacina, tema que nem Trump embarcou. Como dizia o ministro Gilmar Mendes, do STF, a política bolsonarista é genocida e o presidente deveria ser julgado no Tribunal Internacional Penal de Haia, na Holanda.

Agora, porém, o negacionismo de Bolsonaro chega às raias da insanidade em relação também ao meio ambiente. Com o Pantanal em chamas e milhares de plantas e animais sendo dizimados, o presidente diz que o Brasil é modelo de proteção ambiental. Nega a existência da gravidade da situação mesmo quando o avião presidencial tem dificuldades para pousar em Sinop (MT) por causa da fumaça das queimadas na região. Uma miopia criminosa.

Pior. Bolsonaro repete o mesmo comportamento obscurantista em relação à Amazônia. Afirma que o desmatamento e as queimadas na maior floresta do mundo são invenções da imprensa e dos ecologistas que lhe fazem oposição. Despreza as imagens dos satélites do Inpe e até da Nasa, que mostram os efeitos devastadores das motosserras em um dos maiores patrimônios da humanidade, fundamental para manutenção do clima. E tudo sob das vistas grossas de seu nefasto ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o homem que passa a “boiada” para acelerar a destruição das matas.

Como não há a mínima sensibilidade do Poder Executivo, resta que as chuvas apaguem os focos de incêndios. Ou, então, teremos que esperar pelo bom senso do STF, já que a corte recebeu uma ação pedindo que a Justiça decrete a intervenção no meio ambiente. A medida pede, entre outras coisas, que o Supremo determine a constituição, em cinco dias, de uma força tarefa para acabar, de forma urgente e definitiva, com os incêndios que consomem a Amazônia e o Pantanal. A ignorância está acabando com o Brasil.

O negacionismo de Bolsonaro, que já imperou no combate à Covid-19, chega agora às raias da insanidade em relação ao meio ambiente