Produções premiadas internacionalmente, mas que nunca entraram no circuito comercial brasileiro — e sequer podem ser visto na Netflix — serão exibidos na mostra “Cinema Mexicano Contemporâneo”, entre os dias 18 e 31 deste mês, na Caixa Belas Artes, em São Paulo. São 14 longas e três curtas com uma característica em comum: mostrar personagens que sofrem certo deslocamento, passam por alguma ruptura e buscam algo mais. “Essa é uma espécie de marca do cinema mexicano atual”, diz Mateus Nagime, curador da mostra e também mediador do debate “Cinema mexicano contemporâneo e aproximações com a América Latina”, agendado para a quinta-feira 25, às 18h30, com a presença do cineasta Pablo Delgado Sánchez (diretor do premiado “As Lágrimas”) e dos pesquisadores Daniel Maggi, Marina da Costa Campos e Natalia Christofoletti Barrenha. Completa a programação um mini-curso gratuito centrado nas questões históricas, estéticas e políticas apresentadas nos filmes contemplados, que será ministrado por Nagime na Caixa Cultural São Paulo, na Praça da Sé, dias 23 e 24. Programação completa em www.cinemamexicano.com.br.

O que ver

“Nuvens Flutuantes” (2014) de Julián Hernández (foto). A água como metáfora da consciência do corpo e da sexualidde

“As Lágrimas” (2013) de Pablo Delgado Sánchez. Dois irmãos, em fuga de um lar fragmento, encontram refúgio em um bosque.

“As Razões do Coração” (2011) de Arturo Ripstein. Ao tentar dar fim à sua agonia, uma dona de casa frustrada atrai a atenção do marido traído e também de seu amante.